A Máscara de Gases é um Equipamento de Proteção Individual do tipo Respirador. Como você deve imaginar, serve para proteger as vias respiratórias do trabalhador contra diversos tipos de gases presentes na atmosfera do ambiente, que podem ser prejudiciais à saúde.
Um nariz ou mesmo olhos desprotegidos podem ter consequências irreversíveis a curto e longo prazo. É por isso que precisamos entender e nos preparar para diferentes situações de risco dentro de diversas áreas profissionais.
Caso você tenha dúvidas sobre este importante equipamento, continue sua leitura. Neste artigo, explicaremos qual máscara de gases utilizar, por que motivos e quais as profissões ou atividades onde ela é obrigatória!
Tenha uma boa leitura.
O que é a Máscara de Gás?
A Máscara de Gases é um equipamento de proteção individual (EPI) que protege o usuário de diversos tipos de gases, vapores ou partículas tóxicas em seu ambiente. Dessa forma, problemas de saúde causados pela inalação destes componentes podem ser evitados.
As máscaras faciais vêm em diferentes modelos, tamanhos e formas, e são versáteis o suficiente para diferentes situações ou procedimentos. É importante distinguir entre o tipo de filtro e o EPI a ser utilizado em cada caso para evitar de utilizar o produto errado.
Cada um destes equipamentos foram desenvolvidos a níveis muito específicos, podendo oferecer diferentes tipos de proteção para diferentes ocasiões. Por este motivo, é importante ter uma compreensão básica de todos esses parâmetros para obter a melhor proteção.
Para tomar uma decisão assertiva, há muitos parâmetros a serem considerados, incluindo tipo de filtro, tipo de uso, projeto, etc. Uma boa escolha permitirá o uso adequado e confortável desses dispositivos. Vamos ver abaixo os diferentes tipos de máscara de gases.
Tipos de Máscara de Gases
Existem pelo menos três tipos de máscaras de gás: a semifacial, a facial e ¼ facial. Quando sabemos qual elemento polui o ar do local, o respirador utilizado é o facial, que possui um filtro à base de carvão ativado que não deixa passar gases tóxicos.
Já a máscara semifacial é bem parecida, só que sem o visor. O carvão ativado utilizado nos filtros é feito em temperaturas muito altas, isso cria milhares de poros microscópicos em sua superfície. É basicamente um cartucho plástico cheio de carvão, e para cada tipo de gás, vai existir um tipo de carvão específico para servir como filtro.
No entanto, quando surge o perigo em circunstâncias imprevistas, quando você não sabe qual é o gás tóxico, por exemplo, (como em um incêndio ou ataque terrorista), você deve usar uma máscara completamente fechada.
Nestes casos, o conjunto autônomo é quem fornece o oxigênio, transportado por um cilindro ou compressor de ar na parte traseira, evitando assim todo o ar externo que estaria contaminado.
Então dessa forma, podemos concluir que existem basicamente 03 tipos de máscara de gases. São eles:
- Respirador Facial;
- Respirador Semi-facial;
- Respirador ¼ facial.
Cada um destes equipamentos deve ser utilizado em condições específicas, respeitando os limites de filtragem de cada um dos filtros acoplados.
Filtros para Máscara de Gases
Podemos dividir os filtros para respirador entre: os mecânicos; os químicos; ou uma combinação das duas opções anteriores. Segundo a Norma Europeia EN 14387, os filtros são classificados através de uma tabela de cores, onde cada cor indica o fator de risco que aquele produto oferece proteção.
Confira a tabela do código de cores para filtros abaixo:
Como você pode ver na tabela, existem filtros específicos para utilização na presença de gases tóxicos, e são estes os utilizados nas máscaras de gases. A indicação da cor do filtro virá estampada na embalagem do produto, então é um importante ponto a se observar quando for comprar o equipamento.
Mas não são somente as cores que classificam os diferentes tipos de filtros para este equipamento. Há também as classes P1, P2 e P3, referentes aos filtros químicos.
Veja abaixo:
- P1 = 80% (capacidade de filtragem)
- P2 = 94%
- P3 = 99,95 %.
Cada um desses valores indicam um parâmetro mínimo para identificação dos filtros. Porém, é possível que as marcas também produzam um filtro PFF2 com 96%, por exemplo.
Estes filtros poderão ser acoplados em EPIs como a máscara de gases, que estamos vendo neste artigo. Porém, cada filtro tem suas recomendações de equipamento, como você pode ver na tabela abaixo:
E os Cartuchos Químicos?
Cartuchos químicos também são usados em respiradores e são produzidos com carvão ativado. Este componente também permite que o produto ofereça excelente proteção contra gases e vapores presentes no ambiente de trabalho.
No entanto, vale lembrar que este produto sozinho não é eficaz contra partículas como poeira, névoa e fumaça. Agora, se for combinado com um filtro mecânico (já vimos essa combinação no mercado), aí sim, a partir daí pode ser usado para essa finalidade.
Para tornar este produto durável, as recomendações do fabricante para substituição ou substituição devem ser seguidas. Além disso, sua vida útil varia de acordo com os contaminantes e concentrações a que está exposto, umidade do ar e cuidados com o produto.
Quando trocar o filtro da Máscara de Gases?
Além do prazo do fabricante, outra maneira de saber quando substituir um filtro da máscara de gases é caso sinta o gosto de produtos químicos ou partículas, ou quando respirar pelo respirador se torna mais difícil.
No entanto, somente esses métodos de alerta não devem ser usados para determinar a vida útil de um filtro ou cartucho do EPI. Alguns fabricantes oferecem software gratuito para ajudá-lo a escolher o respirador certo e determinar sua vida útil esperada.
Os cronogramas de substituição devem ser baseados em estimativas de exposição, instruções do fabricante, modelos matemáticos, tabelas ou testes completos. De acordo com as normas de segurança, todo EPI deve vir com informações sobre sua vida útil e a data de validade de forma visível e indelével.
Alguns fabricantes, inclusive, mantêm indicadores que ajudam a determinar as datas de troca. Existem até mesmo sensores de cores que mudam para alertá-lo quando os itens precisam ser substituídos.
Quando utilizar a Máscara de Gases?
A Máscara de Gases deve ser utilizada sempre que for identificada a presença de contaminantes gasosos na atmosfera de um ambiente. Essa identificação irá partir primeiramente do PGR – o Programa de Gerenciamento de Riscos, e depois do PPR – o Programa de Proteção Respiratória.
Vamos ver um pouco mais sobre eles a seguir.
PGR – o Programa de Gerenciamento de Riscos
O Programa de Gerenciamento de Risco é mais um programa desenvolvido para reduzir e controlar os riscos no ambiente de trabalho. Ele veio em substituição ao conhecido PPRA, e refere-se a uma série de estratégias implementadas visando a segurança do trabalhador.
Determinado pela NR 1, este programa está previsto no parágrafo 1.5, onde encontramos o item de Gestão de Risco Ocupacional, que inclui a determinação do PGR.
Além de organizar o programa, o empregador tem a responsabilidade de:
- Evitar todos os riscos que possam surgir no trabalho;
- Identificar possíveis perigos e possíveis lesões aos trabalhadores;
- Avaliar os riscos existentes no meio ambiente, indicando o nível desses riscos;
- Triagem dos agentes identificados para determinar se medidas de prevenção e controle de risco são necessárias (ou não);
- Implementar essas medidas de acordo com as necessidades de cada ambiente;
Sendo assim, sendo identificado neste programa a presença de qualquer tipo de contaminante respiratório, então se torna necessária a criação do PPR – o Programa de Proteção Respiratória.
PPR – o Programa de Proteção Respiratória
Um Programa de Proteção Respiratória (PPR) é o conjunto de medidas de segurança destinadas a proteger as vias aéreas dos trabalhadores de diversos riscos químicos e biológicos presentes no local de trabalho.
O objetivo do programa é controlar as doenças ocupacionais causadas pela inalação de impurezas do ar prejudiciais à saúde, como poeira, névoa, fumaça, vapores e também os gases tóxicos.
Este é o processo responsável por fazer a seleção das medidas de controle de risco relativas aos riscos respiratórios. Como por exemplo, determinar a necessidade de utilização dos Equipamentos de Proteção Respiratória, como a máscara de gases.
Portanto, é a partir destes dois programas que a determinação de quando utilizar a máscara de gases deve ser feita. São programas obrigatórios, previstos nas normas regulamentadoras e que visam diminuir o impacto dos riscos sobre os trabalhadores.
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