Como você já deve ter percebido, estamos vivendo uma época de muita atenção e cuidados para a prevenção do Coronavírus. Entre as medidas de proteção realizadas e utilizadas nas áreas onde há suspeita, está o uso de Respiradores que servem para proteger as vias aéreas dos trabalhadores. 

As chamadas Medidas de Prevenção e Controle de Infecção são determinadas pela ANVISA e devem ser implementadas por todos os profissionais que atuam nos serviços de saúde. O objetivo é evitar ou diminuir ao máximo possível a transmissão dos microrganismos durante as assistências à saúde realizadas. 

Em uma recente Nota Técnica emitida pela entidade, foram abordadas as orientações específicas para os serviços de saúde que deverão ser adotadas durante o atendimento aos casos suspeitos. Tais orientações foram definidas com base nas informações atuais que se tem disponível para a prevenção do Coronavírus (COVID-19).

Vale ressaltar que o cumprimento das orientações da ANVISA quanto às medidas preventivas não impede que os profissionais ou serviços de saúde determinem medidas de controle mais rígidas e/ou rigorosas. Vai depender de uma avaliação caso a caso. 

Se você deseja saber qual respirador é o recomendado pela entidade, o que é o Coronavírus e outras informações para a prevenção, fique ligado neste artigo! 

O que é o Coronavírus? 

O Coronavírus, tecnicamente conhecido como COVID-19 é um tipo de vírus que é identificado como a causa de um surto de doença respiratória. Este surto foi detectado na China, mais especificamente em Wuhan, em sua primeira aparição. 

Inicialmente pensava-se que a contaminação pudesse ter alguma relação com o mercado de frutos do mar. No entanto, o número de pacientes infectados começou a crescer e estes não necessariamente tinham tido algum contato com este mercado. Neste momento, observou-se a disseminação do vírus de pessoa para pessoa. 

Pertencente a uma grande família de vírus comumente encontrados em diversos tipos de animais como gado, gatos, morcegos e camelo. Ao infectar humanos e ocorrer a disseminação entre as pessoas, pode acontecer a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS-CoV) e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS).

Por este motivo, a prevenção do Coronavírus é fundamental. Antes mesmo que o caso se alastre aqui no Brasil, piorando ainda mais a situação. Entre os relatos das pessoas afetadas, algumas indicam sintomas leves e outras agudos, podendo chegar ao óbito.

O pior de tudo é que os sintomas dessas infecções são muito simples e às vezes se confundem com os de uma gripe ou resfriado. No entanto, em momentos como este, qualquer cuidado é pouco e é melhor não contar com a sorte. 

Sintomas mais comuns da doença: 

• Tosse;
• Dificuldade para respirar;
• Febre;
• Dores no corpo.

De acordo com a ANVISA, os sintomas podem aparecer entre 2 ou 14 dias após a exposição ao contaminante. A melhor coisa a se fazer neste momento é procurar um médico imediatamente. 

Como ainda não existe vacina para a prevenção do Coronavírus, o ideal é adotar as medidas necessárias que impeçam a propagação. Como por exemplo, a utilização de respiradores e equipamentos de proteção como veremos a seguir. 

Qual o Respirador utilizado para o Coronavírus?

De acordo com a Nota Oficial emitida pela ANVISA, vemos, na Figura 1: as recomendações das medidas a serem implementadas para prevenção e controle da disseminação do novo coronavírus (COVID-19) durante o atendimento pré hospitalar móvel de urgência (OMS, 28.01.2020).

Dessa forma, consta a seguinte relação de trabalhadores e equipamentos:

Casos Suspeitos ou Confirmados e Acompanhantes: 

• Usar máscara cirúrgica; 
• Utilizar Lenços de papel para tosse, espirros, secreção nasal; 
• Realizar uma Higiene das mãos frequente, com água e sabonete líquido ou preparação alcoólica.

Profissionais De Saúde:

• Realizar Higiene das mãos com preparação alcoólica; 
• Gorro; 
• Óculos de Proteção ou Protetor Facial;
• Máscara cirúrgica; 
• Avental impermeável; 
• Luvas de procedimento.

Importante ressaltar que os profissionais de saúde deverão utilizar máscaras N95 que, aqui no Brasil, é equivalente ao nosso PPF2 sem válvula. 

Este equipamento deverá ser utilizado sempre que forem realizados procedimentos geradores de aerossóis. Como por exemplo, intubação ou aspiração traqueal; ventilação não invasiva; ressuscitação cardiopulmonar; entre outros. 

Profissionais de Apoio, caso participem da Assistência Direta ao caso Suspeito ou Confirmado: 

• Higiene das mãos;
• Gorro;
• Óculos de proteção ou protetor facial;
• Máscara cirúrgica;
• Avental impermeável;
• Luvas de procedimento.

Como você pode constatar, o Respirador utilizado para a Prevenção do Coronavírus é o modelo PFF2! Vamos ver um pouco mais sobre ele a seguir? 

Respirador PFF2 – o que você precisa saber

Antes de mais nada, você precisa saber que PFF significa Peça Facial Filtrante. Deste modo, existem PFF de três tipos: o PFF1, PFF2 e PFF3. Para a Prevenção do Coronavírus é recomendada a utilização do PFF2! No entanto, todos eles possuem como principal objetivo reter os materiais particulados do ar e preservar as vias aéreas do usuário.

No entanto, para saber qual deles é o mais recomendado, você precisa conseguir diferenciá-los. Para isso, será necessário observar os níveis de concentração do contaminante pois, cada um deles, possui suas limitações que devem ser respeitadas.

Assim sendo, veja abaixo a relação de cada uma das PFF e os riscos aos quais protege:

1. PFF1: Protege contra poeiras e/ou Névoas (aerossóis mecanicamente gerados). Recomendada a utilização quando a concentração for menor que 10 vezes o limite de tolerância. Eficiência mínima de 80% e penetração máxima de 20%.
2. PFF2: Fumos (aerossóis termicamente gerados) e/ou de toxidez desconhecida. Você pode utilizar desde que a concentração não seja maior que 10 vezes o limite de tolerância. Eficiência mínima de 94% e penetração máxima de 6%.
3. PFF3: Particulados altamente tóxicos (LT < 0,05 mg/m³) e/ou de toxidez desconhecida. Se o ambiente estiver até 10 vezes o limite de tolerância do contaminante. Eficiência mínima de 99,7% e penetração máxima de 0,03%.

Todos estes respiradores, PFF1, PFF2 e PFF3, são considerados respiradores sem manutenção, ou seja, são descartáveis. Mesmo utilizando o PFF2 para a prevenção do Coronavírus, após uma única utilização, o EPI deve ser descartado. 

E as Máscaras de Tecido? 

No início deste ano, o Ministério da Saúde divulgou uma Nota Técnica que tinha como intuito permitir a utilização de Máscaras de Tecido para controlar a disseminação do Coronavírus. Até então, o recomendado era apenas os respiradores PFF2.   

Também na Nota Técnica, a entidade divulgou duas maneiras de fazer a máscara de tecido em casa além de dicas para higienização. É muito importante ressaltar que para que a Máscara de Tecido tenha eficiência contra a disseminação do vírus, é fundamental que a mesma seja utilizada pelo tempo máximo permitido e higienizada com frequência. 

Isso acontece porque o produto pode ser facilmente contaminado e, assim, perde por completo sua eficiência na luta contra a disseminação do vírus. Por isso, recomendamos inclusive que você tenha mais de uma Máscara de Tecido em casa para que possa realizar a higienização e troca com frequência.

Veja as dicas do Ministério da Saúde para a Higienização da Máscara de Tecido:

1. Faça uma imersão da Máscara de Tecido em um recipiente com água potável e água sanitária (2,0 a 2,5%) durante cerca de 30 minutos. A proporção de diluição a ser utilizada é de 1 parte de água sanitária para 50 partes de água (por exemplo: 10 ml de água sanitária para 500 ml de água potável);
2. Após deixar de molho, lave a máscara utilizando água e sabão neutro;
3. Enxague utilizando água corrente em abundância;
4. Deixe secar bem, de preferência ao sol;
5. Passe com ferro quente, isso ajuda a eliminar quaisquer vírus e bactérias.

Mais dicas:  

• Utilize sempre a Máscara de Tecido quando precisar sair de casa. Leve uma extra, caso precise trocar. 
• Guarde a máscara suja em uma sacola plástica, pois pode estar contaminada.
• A máscara de tecido deve ser de uso individual, não podendo ser compartilhada. Por este motivo, busque ter mais de uma para substituir quando necessário.
• Verifique se a Máscara se ajusta bem ao rosto.
• Ao chegar em casa, remova a máscara puxando sempre pelos elásticos e coloque-a para lavar.
• Ao chegar em casa, lembre-se de retirar os sapatos e roupas contaminadas.
• Lave bem as mãos antes de tocar a máscara de tecido. 
• Jamais utilize a máscara suja ou úmida.
• Se perceber algum desgaste no tecido da máscara, descarte-a.

O que fazer em caso de suspeita?

Caso você ou alguém que você conheça começar a perceber os sintomas descritos neste texto e por ventura teve contato com alguma zona de risco, pessoa ou área possivelmente infectada, deve procurar um médico imediatamente.

Lutar para a prevenção do Coronavírus é um dever de todos, e devemos fazer isso enquanto a situação ainda parece controlada no nosso país. Caso haja uma suspeita real de contágio, o Ministério da Saúde orienta que a pessoa busque atendimento imediato em Unidades Básicas de Saúde, UPAs ou demais estabelecimentos de saúde.

Após a consulta, o paciente deverá esperar o diagnóstico médico e agir conforme esta recomendação. Dessa forma, busque seguir cada uma das orientações, utilizar os medicamentos que forem prescritos, realizar exames necessários e realizar visitas periódicas ao seu médico para o acompanhamento.

E se for infectado? 

Pacientes infectados deverão iniciar um isolamento de no mínimo 14 dias, inclusive dos moradores da própria residência, em cômodos separados. Durante este tempo, mantenha o ambiente da casa arejado e com ar circulando, apesar da porta do cômodo do paciente dever estar fechada.

Buscar distanciamento de no mínimo 1 metro e tudo que for utilizado pela pessoa infectada deverá ser de uso único dela, sem compartilhar materiais com outras pessoas. Utilizar o Respirador PFF2 o tempo todo, além dos cuidados do higienização (álcool gel 70%, lavar as mãos com água e sabão, entre outros). 

Se o quadro for grave, as recomendações serão fazer repouso, alimentação saudável e balanceada, além de procurar tomar muita água por dia. Em caso de febre, dores pelo corpo e outros sintomas mais inconvenientes, aconselha-se tomar analgésicos ou antitérmicos, mas tudo com a recomendação do seu médico. 

Em caso dos sintomas se agravarem, como no caso de febres altas, dificuldade para respirar, falta de olfato entre outros, o recomendado é que o paciente se dirija a um Hospital especializado imediatamente. 

É válido ressaltar que nos canais de comunicação do Governo Federal e do Ministério da Saúde está disponível uma lista de hospitais e de unidades de saúde que prestam atendimento para casos de covid-19. Procure o mais próximo de você!

Caso você possua planos de saúde, é possível verificar com o próprio plano também. Continue a sua leitura com Coronavírus e os EPIs – o que você precisa saber?