As luvas de segurança são específicas para muitas atividades profissionais e requerem o uso recomendável ou obrigatório, podem ser feitas dos mais variados tipos de materiais, como raspa de couro, látex, PVC, neoprene, lona, dependendo do uso a que se destina. Este EPI tem a função de proteger as mãos contra diversos riscos como:
- Riscos Biológicos – como fungos e bactérias;
- Riscos Mecânicos – como abrasão, corte e perfuração;
- Riscos Químicos.
As luvas de proteção evitam inúmeros acidentes, além de proporcionar conforto e aumentar a confiança do funcionário, melhora o fluxo e a produção no trabalho. É essencial que as empresas invistam em segurança do trabalho para que as atividades do dia a dia sejam realizadas com a garantia da proteção da saúde e integridade física do trabalhador.
O que define uma Luva de Segurança?
As Luvas de Segurança são Equipamentos de Proteção Individual definidos pela NR 06 e presentes no Anexo I da mesma Norma Regulamentadora. Têm como principal objetivo oferecer diversos tipos de proteção às mãos do usuário, que poderá fazer uso em diversas atividades.
A escolha da Luva irá depender dos riscos que o trabalhador irá encontrar durante suas atividades, que podem ser desde os mais leves até os mais pesados. Dizemos isso pois existem muitos tipos de luvas de segurança, mas isso nós iremos ver logo abaixo.
Um interessante dado a trazer aqui, é que de acordo com uma pesquisa do extinto Ministério do Trabalho, as mãos são consideradas a parte do corpo mais atingida em acidentes de trabalho ou domésticos. Sejam eles: queimaduras, cortes, fraturas, lesões que podem até mesmo impossibilitar e incapacitar os movimentos das mãos.
Por este motivo, o uso do EPI é de extrema importância não só para que o trabalhador exerça as suas tarefas com conforto, mas também com segurança e proteção. Evitando, assim, muitos acidentes que podem gerar problemas sérios ao trabalhador e à empresa.
Qual o tipo de luva de segurança utilizar?
Para saber qual luva utilizar, é preciso fazer uma análise da atividade específica do trabalhador e pesquisar no mercado qual a luva mais adequada. Se você tiver a possibilidade de consultar um engenheiro ou um técnico de segurança no trabalho, isso facilitará a escolha.
Essa análise deverá partir do PPRA – o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (ou PGR, a entrar em vigor em agosto deste ano). Segundo a NR 9, o PPRA tem como principal objetivo:
“Estabelecer a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.”
Desta forma, será a partir dele que a análise dos riscos será feita e os EPIs bem como as luvas de proteção ideais deverão ser identificados. Dentre as Luvas de Segurança, existem uma série de riscos a serem protegidos.
Veja abaixo um resumo bem sucinto desta relação:
Tipos de Luva de Segurança
- Luva Anticorte: Proteção a produtos secos, sob temperatura ambiente, que possam causar corte nas mãos
- Luva de Látex Natural: Grande flexibilidade e boa resistência a muitos ácidos e álcool, são a escolha confortável para proteção contra químico.
- Luva de Látex Nitrílica: Resistente a saliências e perfurações, abrasões e cortes para uma luva de polímero fino. Ótima proteção contra bases, óleos, muitos solventes, graxas e gordura animal.
- Luva de Malha: Resistem à riscos de abrasão e contato com farpas de madeiras e outros. Quando são de malha de algodão, proporcionam excelente conforto térmico pois, o algodão tende a absorver o suor das mãos.
- Luva de PVC: Proporciona boa resistência contra muitos ácidos, cáusticos, bases álcoois e ainda resiste a abrasão.
- Luva de Vaqueta e Raspa de Couro: São excelentes para resistência à abrasão e por ser couro, possui boa resistência nas atividades de solda. Para atividades onde não exija muita maleabilidade, estão entre as favoritas.
- Luva Descartável:São luvas de uso único com propósitos específicos; podem ser de Vinil, Latex natural, Nitrílicas, Com amido e Sem amido. Bem conhecidas como luvas de procedimento.
- Luva para Alta Performance: São luvas com características específicas e, normalmente, com finalidades especiais, como: Maior resistência à corte, maior resistência à impacto, maior resistência à perfuração e outros.
- Luva para Isolação Elétrica: proteção contra choque e energia elétrica.
- Luva para Temperatura: Protege contra altas e baixas temperaturas dos diversos tipos de ambientes de trabalho.
Quando descartar a luva de segurança?
Gostamos sempre de lembrar que assim como fornecer o EPI adequado e em perfeito estado de conservação é uma obrigação do empregador, o descarte de EPIs correto também é! Sendo passível de multa em caso de descumprimento.
O descarte da luva deve ser feito somente quando ela furar, rasgar ou sofrer alguma reação química que a torne inutilizável. Se a luva, se mantém em ótimo estado de uso, de acordo com as instruções do fabricante para higienização da mesma, pode reutilizá-la sem problemas.
Mas, cuidado, existem possibilidades de haver uma contaminação indireta, por isso é importante verificar a qualidade do material com a empresa para que seja feita a reutilização da luva sem riscos e com segurança.
Descarte de Luvas Contaminadas
Durante a pandemia do Coronavírus, muito se tem utilizado as Luvas de Segurança, seja em hospitais, seja em lojas e estabelecimentos. Mas em caso das luvas se contaminarem com o vírus, o que fazer?
Essa é uma pergunta que recebemos com frequência e por isso fizemos questão de incluir este tópico aqui. EPIs que sejam contaminados pelo Coronavírus devem ser manejados com muita atenção e responsabilidade, uma vez que o vírus perdure por um tempo na superfície.
Por este motivo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) listou uma série de determinações para o descarte destes equipamentos de uma maneira segura e responsável.
De acordo com a entidade, as luvas contaminadas devem ser acondicionadas em sacos de cor branca leitosa, que sejam impermeáveis e produzidos em material resistente à ruptura e evitar vazamentos contidos no interior.
Nos casos de hospitais, onde pode ocorrer de um número muito grande de luvas de segurança a serem descartadas de uma só vez, deverá ser respeitado o peso limite destes sacos brancos para que não haja um acidente.
Dessa forma, ao atingir 2/3 de sua capacidade ou pelo menos 1 vez a cada 48 horas, os recipientes devem ser devidamente substituídos. Além disso,o símbolo da substância perigosa deverá ser colocado pelo lado de fora dos sacos, a fim de identificar claramente o perigo ali iminente.
Durante as etapas de gerenciamento deste descarte, os sacos deverão permanecer guardados em recipientes acondicionados e com tampa. Esses contentores deverão ser laváveis e resistentes ao vazamento, ruptura e tombamento.
Será de responsabilidade da empresa estabelecer um local específico para que estes resíduos sejam guardados até o recolhimento, uma recomendação da RDC/ANVISA nº 222/2018.
E antes de serem descartadas?
Antes de descartar a luva de segurança, se a mesma estiver contaminada, deverá receber um tratamento prévio para diminuir os riscos de contaminação. Também deverá ser observada a preservação dos recursos naturais e o atendimento aos padrões de qualidade ambiental e de saúde pública, que são muito importantes.
Outro ponto fundamental quanto ao descarte das luvas é a existência da necessidade de que o seu tratador dos resíduos seja licenciado pelos órgãos ambientais para evitar qualquer tipo de complicação.
Logo depois deste tratamento, este lixo descartado passará a ser considerado resíduo Grupo D, o que será informado na disposição final.
No canal Pensou Proteção tem um vídeo que fala sobre como retirar as luvas contaminadas. Clique aqui e assista!
Dúvidas? Consulte nosso Técnico em Segurança do Trabalho através do e-mail: cristiano@prometalepis.com.br
Veja também como realizar o descarte correto dos EPIs!