O Trabalho em Altura é uma das modalidades que mais envolvem Acidentes do Trabalho aqui no Brasil. Seja pela falta de instrução, equipamentos ou até mesmo conhecimento, são muitas as ocorrências, o que desperta a nossa atenção para mais cuidado na área.
Segundo dados do extinto Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em 2016, o número de casos chegou à marca dos 40% do número total de acidentes ocupacionais no país. Um dado bem expressivo que indica que algo precisa ser feito com urgência.
Dentre as melhores saídas para melhorar este índice, está a informação de qualidade, treinamentos e capacitação da equipe. Sem isso, não há como colocar a Segurança do Trabalho em prática com precisão e responsabilidade.
Os EPIs são uma das medidas de controle mais importantes neste aspecto. Pois mesmo quando não há como eliminar 100% de um risco, são eles que irão atenuar o impacto do mesmo nos trabalhadores.
E no trabalho em altura isso é essencial! No entanto, é preciso saber escolher os equipamentos, já que existe uma variedade bem grande para cada modelo. O cinto de segurança, por exemplo, possui no mínimo 5 variações diferentes.
Se você deseja saber quais são elas, dentre outras informações cruciais sobre o Trabalho em Altura, fique ligado neste artigo! Boa leitura.
Sobre o Trabalho em Altura
O Trabalho em Altura é toda e qualquer atividade que tenha que ser desenvolvida a 2 metros acima do nível inferior. Veja bem: isso não necessariamente significa 2 metros acima do chão. Pode ser, por exemplo, em um espaço subterrâneo – desde que tenha essa altura relacionada ao nível abaixo.
Outro ponto importante para que seja considerado dessa forma, é o risco de queda. Muitas vezes o trabalho pode ser desenvolvido nas alturas, mas se não houver risco algum, não poderá ser considerado dessa forma.
Este tipo de atividade é regulamentada pela NR 35 – a Norma Regulamentadora responsável por determinar todas as boas práticas para a Segurança do Trabalho nestas ocasiões. Por isso, se a empresa oferecer este tipo de ambiente ao trabalhador, deverá, obrigatoriamente, seguir essa norma.
Essa atividade é tão arriscada, que na própria norma, existe um tópico específico para o treinamento e capacitação das equipes. Isso porque esta, sem dúvida, é o ponto primordial para que os colaboradores possam atuar em segurança.
Sem informação, conhecimento ou um treinamento adequado, os profissionais nem sequer terão como colocar as suas responsabilidades em prática. E isso é um ponto importante: neste sentido, não é só o empregador que possui suas obrigações, o trabalhador também!
Enquanto a empresa precisa cumprir com suas obrigações de fornecer um ambiente seguro, aplicar as medidas de controle de risco, fornecer os EPIs gratuitamente, promover treinamentos etc; o trabalhador precisa cumprir com as determinações pré-aprovadas, fazer uso dos Equipamentos de Proteção corretamente e cuidar da sua conservação.
Agora, quais são os EPIs utilizados durante o Trabalho em Altura? É isso que nós veremos a seguir. Mas antes, lembre-se que o não cumprimento de qualquer uma das obrigações pode resultar em multas e processos judiciais para a empresa, sem contar na eminência do risco de acidentes.
EPIs e demais itens para o Trabalho em Altura
Os Equipamentos de Proteção Individual, como o Cinto de Segurança, por exemplo, são definidos pela NR 6. Essa norma regulamentadora tem como principal objetivo determinar tudo que rege estes produtos para que ofereçam de fato a proteção esperada.
Além da definição, obrigatoriedades de cada parte e outras questões importantes, a NR também lista todos os grupos de EPIs disponíveis no mercado em seu anexo I. Entre eles, estão os EPIs para o Trabalho em Altura.
Cada um deles tem sua relevância e por isso devem ser utilizados muitas vezes em conjunto. Veja quais são os equipamentos mais comuns nessa área:
- Cinto de Segurança;
- Cinto de Segurança tipo Cadeirinha;
- Capacete;
- Óculos e Luvas de Proteção (a depender dos riscos do ambiente).
E os demais itens que não são considerados EPIs?
- Conectores;
- Cordas;
- Escadas;
- Polia;
- Talabarte de Segurança: Y e Simples;
- Trava Queda;
- Trava Queda Retrátil.
Mas essa lista não para por aí. Cada um destes produtos possui uma série de variações, já que devem abordar todos os tipos de riscos que podem existir em um ambiente de trabalho em altura. Assim é com os cintos de segurança, que daremos ênfase a seguir.
A decisão sobre quais EPIs utilizar irá depender unicamente da análise de riscos do ambiente. Essa análise é feita através do PPRA (ou PGR, você já ouviu falar sobre ele?), que visa identificar, analisar e avaliar previamente cada um dos agentes encontrados para, assim, desenvolver as principais medidas de proteção.
O EPI é apenas uma dessas medidas, inclusive a última delas a ser tomada, quando todas as outras não forem suficientes. Por este motivo, merecem ainda mais a nossa atenção e responsabilidade quanto ao uso dos mesmos.
O conhecimento das opções que temos hoje no mercado é fundamental para uma boa escolha, e por isso falaremos mais sobre os Cintos de Segurança logo abaixo.
Tipos de Cinto de Segurança
Dentre os EPIs mais importantes para o trabalho em altura, definitivamente está o Cinto de Segurança. Ou, a famosa “cadeirinha de bombeiro”. A verdade é que este EPI é muito conhecido também desta forma, mas nem todo cinto é cadeirinha.
Não entendeu? Vamos explicar!
Este equipamento, tão utilizado tanto em alturas como em espaços confinados, é responsável por assegurar que o trabalhador não irá cair caso aconteça uma queda. Isso porque ele será o ponto de conexão entre o trabalhador e um dispositivo de retenção de queda, por exemplo.
No entanto, nem todos são igualmente eficientes para a mesma situação. Existem no mínimo 05 tipos diferentes de cintos de segurança no mercado hoje que você precisa ter conhecimento. São eles:
- Cinto paraquedista com 1 ponto de conexão: recomendado para utilizar em conjunto com talabarte em Y, trava quedas retrátil, trava quedas para corda ou trava quedas para cabo de aço. Neste caso, só é permitido usar um dispositivo por vez, pois o mesmo possui somente um ponto de conexão.
- Cinto para espaço confinado com alças nos ombros: este modelo é excelente para ser utilizado em atividades em conjunto do trapézio. No içamento ou resgate em espaços confinados, por exemplo.
- Cinto para trabalhos em posicionamento com ponto de conexão abdominal: recomendado para utilização em conjunto do talabarte de posicionamento, proporcionando conforto na lombar e que o trabalhador tenha as mãos livres para o trabalho..
- Cinto para alpinismo industrial, acesso por cordas e resgate: podendo ser utilizado em sistemas de ascensão ou descida e resgate de vítimas, este modelo é também ideal para atividades onde o trabalhador precise de mais conforto.
- Cinto paraquedista para solda: como o nome já diz, recomendado para atividades que envolvam soldagens, já que este modelo é produzido com as fitas em aramida, fornecendo resistência aos respingos provenientes da atividade de solda. Recomenda-se a utilização em conjunto com os dispositivos de retenção de queda no mesmo material, no caso do talabarte.
O que acontece se escolher errado?
Independente da área, a escolha de um EPI de forma equivocada pode colocar os trabalhadores em exposição direta ao risco. Além disso, estarão sob falsa segurança, o que intensifica ainda mais o risco.
Além de aumentar drasticamente o risco de acidentes, a escolha errada de um equipamento também coloca a empresa sob risco judicial. Bem como determina a NR 6, é dever do empregador fornecer o equipamento adequado ao risco. Ou seja, não cumprindo essa determinação, a empresa poderá ser penalizada.
Por este motivo, uma ótima dica é adquirir seus EPIs em uma loja especializada, que tenha tradição no mercado ou mesmo seja da sua inteira confiança. Somente assim, você terá acesso às principais marcas do mercado com o melhor custo-benefício.
Se você deseja saber mais sobre os tipos de cintos de segurança, demais EPIs ou mesmo sobre as atividades do Trabalho em Altura, nós sempre poderemos lhe ajudar. Através de uma equipe ágil e especializada, você tem acesso às melhores orientações que poderá seguir de olhos fechados.
E então, está esperando o quê?
Entre em contato conosco!