Dentre todas as atividades profissionais, a Soldagem, sem dúvida alguma, é uma das que mais envolvem Riscos à saúde do trabalhador. Isso porque além de o trabalho consistir no manuseio de uma tocha flamejante, existem os riscos invisíveis como as radiações.
Ao mesmo tempo, essa atividade é uma das mais exercidas pelos ramos industriais em todo o país. Por isso, mesmo com as Medidas de Controle de Riscos existentes, ainda ocorrem muitos Acidentes do Trabalho que muitas vezes acontecem por falta de informação, falta dos equipamentos corretos para a proteção, entre outros.
A verdade é que a primeira coisa a ser feita pela Segurança do Trabalho nessas situações é conhecer cada um dos riscos existentes durante a Soldagem. Somente tendo consciência de cada um deles, que se pode desenvolver as medidas preventivas e conscientizar a todos da sua importância.
Por isso, se você deseja saber mais sobre as atividades do Soldador, quais os riscos da profissão, as principais Medidas de Controle, EPIs e muito mais, este artigo é para você! Continue conosco para descobrir tudo que precisa sobre os riscos da Soldagem.
O que é a Soldagem e por que possui Riscos?
Soldagem é o processo de unir certos tipos de metais através do derretimento das peças. Logo, é feito um enchimento que varia de acordo com a necessidade para que seja feita uma junta. Essa atividade se desenvolve através de uma fonte de energia, chama de gás, arco elétrico, laser ou ultra-som.
Antes do século XX, soldadores utilizavam um processo que se chamava Soldagem forjada. Funcionava assim: aquecia-se as peças a serem consertadas e depois martelava-se até que se formassem amálgamas. Logo, com o advento da eletricidade, essa atividade foi evoluindo e se tornando mais rápida e fácil.
O Soldador é o profissional responsável por realizar os cortes e soldagens dos materiais a serem trabalhados. Como lida diariamente com a exposição ao risco, este trabalhador deve estar apto e habilitado para realizar os processos em segurança. Além disso, deverá fazer uso dos equipamentos de proteção de acordo com o recomendado.
O uso dos EPIs é fundamental para a segurança física dos profissionais. Por este motivo, é necessário utilizar não somente um, como todos os equipamentos de proteção necessários para proteger cada parte do corpo do usuário.
A decisão de quais equipamentos utilizar deverá partir do PPRA, que irá avaliar e identificar cada um dos riscos do ambiente. Esses riscos irão variar de acordo com alguns fatores como material que é utilizado, tipo de soldagem, entre outros.
Vamos ver abaixo quais os principais tipos de Soldagem para depois conhecermos seus riscos.
Quais os Tipos de Soldagem?
Existem muitos tipos de solda atualmente. No entanto, podemos elencar aqui 6 principais.
São eles:
- Soldagem Arco Manual;
- TIG;
- MIG;
- Soldagem a Arco com Arame Tubular;
- Utilizando Oxigás;
- Soldagem com Eletrodo Revestido.
Cada um destes tipos possui suas características que os deixam mais ou menos apropriados para determinadas atividades. Vamos ver um pouco mais sobre eles abaixo.
Soldagem com Arco Manual
De todas as Soldagens Industriais, a que é realizada com o Arco Manual é a mais antiga. Também chamada de MMA ou SMAW, este é o processo mais comum quando o assunto é soldagem em locais de trabalho, indústrias ou trabalhos domiciliares.
Atualmente, é muito utilizado na indústria siderúrgica, automobilística, mineração e metalúrgicas. Esse tipo de solda pode ser utilizado em diversos tipos de metal. No entanto, é geralmente utilizada em aço e aço inoxidável.
TIG
A Soldagem TIG também pode ser chamada de Gas Tungsten Welding e é o método considerado o mais difícil e, por isso, requer mais habilidade e experiência do profissional. Por ser um tipo de solda de alta qualidade e grande eficiência, pode ser aplicada em vários tipos de metais. No entanto, geralmente é utilizada em metais exóticos com o titânio.
MIG
A Soldagem MIG ou Metal Inert Gas é um tipo de solda considerada semi automática. É comumente utilizada na fabricação e indústrias automotivas além de outros tipos de fábricas. É um dos tipos de solda considerados rápidos e de fácil utilização, podendo ser utilizado em aço, aço inoxidável ou até mesmo alumínio.
Este tipo de solda é muito procurada também por ser de baixo custo, possuir processo automatizado e manuseio simplificado. Dessa forma, oferece uma melhor qualidade final e menor distorção nas peças, sem a necessidade da remoção de escória no final do processo.
Soldagem a Arco com Arame Tubular
Considerado o método mais rápido de Soldagem Industrial, a solda à Arco com Arame Tubular é o processo mais comum e aplicado nas mais diversas indústrias e áreas profissionais. É o método preferido, inclusive, quando há a necessidade de soldagem em grandes quantidades como, estaleiros, construção de navios, etc.
Soldagem oxigás
A Soldagem Oxigás utiliza energia como combustível para produzir calor capaz de fundir o material a ser trabalhado. Geralmente ocorre da seguinte forma: une-se os dois metais com um outro metal de enchimento, através de uma chama proveniente do maçarico.
Assim, o metal fundido e o metal de enchimento formam um líquido que se solidifica quando é resfriado. Por este motivo, este tipo de Soldagem é o mais utilizado em consertos, peças finas ou mesmo tubos de diâmetros pequenos. É muito usada em ferros fundidos, alumínio, aço galvanizado, latão, chumbo, entre outros.
Dessa forma, tem um custo baixo se comparado a outros tipos de solda e o equipamento é quase sempre portátil e bem versátil. É utilizado o acetileno durante o processo, devido às altas taxas de propagação da chama ou das altas temperaturas.
Soldagem com Eletrodo Revestido
Este tipo de solda é muito utilizada e indicada para o trabalho com o aço. O Eletrodo Revestido faz com que as substâncias dos materiais sejam triturados e misturados, formando, assim, uma massa homogênea que liga os materiais.
Riscos da atividade de Soldagem
Todos os tipos de Soldagem envolvem muitos riscos para a saúde dos trabalhadores. Dessa forma, cada um deles deve ser previamente identificado e medidas devem ser tomadas para atenuá-los. Primeiramente, podemos dividir os principais riscos da atividade de Soldagem em dois grupos:
- Riscos Físicos;
- Riscos Químicos.
Nos fatores físicos podemos mencionar os raios ultravioletas e infravermelhos emitidos pelo arco da soldagem em altas temperaturas. Esses raios podem causar diversos tipos de danos à saúde do trabalhador se o mesmo não estiver devidamente protegido.
Quanto aos fatores químicos, é possível citar as composições sólidas / poeiras decorrentes do processo de soldagem que podem ser inalados pelo trabalhador. Assim, podemos citar: diversos tipos de metais, níquel, ferro, manganês, chumbo, etc. E também no estado gasoso, como óxido de manganês, óxido de nitrogênio, fluoreto de hidrogênio, etc.
Estes elementos são decorrentes ao que chamamos de fumo da solda, e são alguns dos riscos que o processo de soldagem traz para o trabalhador. Além disso, existem outros riscos como:
- Má postura;
- Falta de Ventilação;
- Ruído e vibrações;
- Desconforto térmico;
- Má iluminação;
- Choques elétricos;
- Queimaduras;
- Queda de objetos;
- Possibilidade de trabalho em espaço confinado.
Para cada um destes riscos, Medidas de Controle de Risco deverão ser aplicadas. Assim, é possível atenuar os agentes e assegurar a saúde e a segurança física dos trabalhadores.
EPCs e EPIs para os Riscos da Soldagem
EPC é a sigla para Equipamentos de Proteção Coletiva e EPI, Equipamento de Proteção Individual. Ambos os produtos são indispensáveis, além de obrigatórios, para a Segurança do Trabalho nas atividades que envolvem Soldagem.
Dentre os principais EPCs, estão:
- Cortina Especial para Solda;
- Sistema de Exaustão;
- Extintor de Incêndio;
- Sinalização do ambiente;
- Entre outros.
Quanto aos EPIs, os principais utilizados são:
- Avental de Raspa;
- Máscara de Solda (podendo ser automáticas);
- Luva de Segurança;
- Proteção Auditiva;
- Óculos para Solda;
- Perneiras;
- Manga de Raspa;
- Avental de Raspa tipo Barbeiro (com mangas);
- Touca Árabe.
Precisando de algum destes equipamentos? É só contar com a Prometal EPIs!
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