Blog   Segurança do Trabalho   30 de agosto de 2019

APH: O que é? Entenda mais sobre ele!

Tempo de Leitura: 6 minutos
APH

APH é a sigla utilizada para Atendimento Pré Hospitalar – aquele primeiro atendimento emergencial que ocorre geralmente fora do ambiente hospitalar. Esta é uma atividade fundamental para as vítimas de acidentes pois, muitas vezes, é neste momento que se evitam as fatalidades.

Existem basicamente dois tipos de APH: o Fixo e o Móvel. As unidades fixas configuram os serviços de urgência e emergência localizados em ambientes hospitalares, como os Pronto-Socorros, UPAs, etc

Já as unidades móveis são os serviços também de urgência e emergência, mas com deslocamento até os pacientes. Um ótimo exemplo de Atendimento Pré Hospitalar móvel no Brasil é o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). 

Ao acontecer um acidente, qualquer pessoa pode acionar o serviço e uma ambulância será enviada até o local oferecendo os primeiros socorros. Se você deseja saber mais sobre como funciona os diferentes tipos de APH e suas particularidades, acompanhe o artigo! 

Como Funciona o APH?

Nos casos móveis, o serviço de Atendimento Pré Hospitalar se desloca até o possível acidente fornecendo os primeiros-socorros às vítimas. Nos casos de APH fixo, as vítimas é que devem se locomover até área hospitalar para receberem o atendimento primário. 

Mesmo nos casos em que não há um médico na equipe responsável, os enfermeiros e técnicos de enfermagem que realizam os processos possuem papel fundamental. Isso porque esses profissionais são devidamente treinados para oferecer todos os cuidados capazes de salvar uma vida durante o APH.  

Este é um trabalho que exige um preparo da equipe, não só profissional, como também físico e emocional. É um trabalho puxado e bastante desgastante, principalmente quando se trata de acidentes graves ou gravíssimos. 

Por este motivo, é fundamental o respeito à hierarquia, o estudo e a atualização, além do treinamento através de simulações de acidentes e etc. Quanto mais conhecimento e experiência tiverem os profissionais, melhor será o serviço de atendimento. 

Até porque, após a checagem dos materiais e o deslocamento (quando há), é que serão feitos todos os processos de primeiros socorros. E estes, deverão contar com embasamento científico através das evidências clínicas estudadas anteriormente. 

Vale ressaltar que a execução das atividades deverá ser garantida pela exigente certificação e recertificação dos respectivos programas de treinamentos. Dessa forma, tem-se a certeza de que as habilidades exigidas são frequentemente mantidas, evoluídas e atualizadas.

O nível de formação do profissional de APH não importa. Absolutamente todos os integrantes da equipe deverão passar por uma devida capacitação para se tornar apto a realizar os procedimentos de acordo com o que dizem as normas legais. 

Profissionais de APH

De acordo com a Portaria nº 2048, de 5 de novembro de 2002, os profissionais de APH podem ser divididos em dois grupos: os profissionais oriundos da área da saúde; e os profissionais não oriundos da área da saúde. 

No primeiro grupo, estão incluídas as seguintes profissões:

  • Médicos Clínicos Gerais;
  • Enfermeiros;
  • Auxiliares de Enfermagem;
  • Técnicos de Enfermagem;
  • Pediatras (nos casos de APH Fixo).

No segundo grupo, quanto aos profissionais não oriundos da área da saúde, encontramos: 

  • Policiais (dentre eles, policiais federais e militares);
  • Guarda Municipal;
  • Bombeiros;
  • Motoristas de Veículos de Urgência e Emergência com carteiras Tipo B, C e D.

Além disso, as unidades não hospitalares que oferecerem serviço de Atendimento à Urgência e Emergência deverão contar, ainda, com os profissionais:

  • Coordenador, Gerente ou Gestor;
  • Médico Clínico Geral;
  • Médico Pediatra;
  • Enfermeiro;
  • Técnico e Auxiliar de Enfermagem;
  • Técnico em Radiologia;
  • Auxiliar de Serviços Gerais;
  • Auxiliar Administrativo;
  • Quando houver laboratório: Bioquímico; Técnico e Auxiliar de Laboratório.

Mas a lista não precisa, necessariamente, parar por aí. Fica à critério da diretoria do local definir se ainda farão parte da equipe outras profissões como dentista, assistente social, cirurgião, ortopedista, motoristas, entre outros. 

Aqui no país não há uma definição nacional de quais competências deverão ter cada profissional da equipe de Atendimento Pré Hospitalar. No entanto, é fundamental que seja respeitado o que diz a constituição para o exercício de cada uma das profissões.

Assim sendo, o serviço poderá definir com base em suas próprias estatísticas quais são as habilidades exigidas pela equipe de APH. A partir disso, poderá desenvolver os treinamentos, atualizações e certificações necessárias para garantir a padronização entre os colaboradores. 

O que são os Primeiros Socorros? 

Primeiros socorros são, literalmente, os primeiros procedimentos a serem feitos em uma vítima de um acidente ou de um agravo à saúde. Configuram uma série de procedimentos de urgência e emergência que são realizados diretamente no paciente.

Essas ações primárias têm como principal intuito restabelecer ou manter os sinais vitais da pessoa acidentada até que seja encaminhada para o atendimento especializado. A partir daí, o atendimento será mais específico e exclusivo para o problema do paciente. 

Assim sendo, é importante ressaltar que para prestar os primeiros socorros você não precisa ser um profissional da saúde. Todo mundo pode (e deveria) buscar um treinamento para que seja apto a oferecer tais procedimentos para preservar a vida de uma pessoa que esteja precisando de ajuda.

Quando isso acontece, ou seja, quando há uma pessoa para prestar os primeiros socorros, isso poderá ser feito antes mesmo da equipe de APH chegar. Dessa forma, os procedimentos imediatos evitarão que a situação se agrave até a chegada da equipe especializada. 

Dentro de um curso ou especialização em Primeiros Socorros, geralmente se encontram os seguintes conhecimentos: 

  • Avaliação inicial do acidentado;
  • Estancamento de sangue ou cuidado com feridas e hemorragias;
  • Identificação de prováveis corpos estranhos;
  • Massagem cardíaca; 
  • Como restabelecer a respiração.

Além de o que fazer nos casos de: 

  • Intoxicação
  • Convulsão;
  • Tonturas e/ou desmaios;
  • Parada cardiorespiratória;
  • Afogamentos;
  • Asfixia e/ou engasgo;
  • Choques elétricos;
  • Entre outros.

O ideal seria que todos os ambientes profissionais (sejam eles supermercados, escolas, restaurantes, etc) tenham no mínimo uma pessoa apta a prestar os primeiros socorros em caso de emergência. Isso trará a segurança de que uma vítima estará amparada até a chegada de um APH. 

Objetivo principal do APH

Se tratando do APH móvel, podemos dizer que o principal objetivo é remover a vítima com segurança do local de acidente e levá-la para a unidade de atendimento mais próxima. Tudo isso depois de prestar os primeiros socorros, evitando a perda de sinais vitais e o agravamento das lesões.

Quanto ao APH fixo, a principal missão é oferecer os primeiros socorros, manter os sinais vitais da vítima e evitar a piora das lesões. Depois disso, poderá dar encaminhamento ao paciente para que receba o tratamento adequado – seja cirúrgico, clínico, etc. 

Além de oferecer o apoio clínico, a equipe também é responsável por acalmar o paciente se o mesmo estiver consciente e em situações de choque, por exemplo. Se há deslocamento, um acompanhante da vítima pode acompanhá-lo até a unidade de saúde mais próxima.

Protocolos de APH

Os protocolos de APH mais comuns no mundo são o Protocolo Norte-Americano e o Protocolo Francês de Atendimento Pré Hospitalar. O primeiro traz o conceito onde a equipe deverá chegar até o local do acidente no menor prazo de tempo possível. 

Logo, realizará todos os procedimentos de estabilização e remoção da vítima até a área hospitalar mais próxima. Muitos conhecem esta manobra como a “hora de ouro”, e muitas vezes todo o processo é registrado para consulta ou qualquer coisa parecida.

Já o Protocolo Francês consiste em oferecer um atendimento médico no próprio local do acidente, antes mesmo da remoção do paciente. Dessa forma, diversos procedimentos são aplicados até que se consiga a estabilização da vítima. Esta estratégia é conhecida como “Stay and Play” ou, em português, “fica e joga”.

Como aqui no Brasil nós possuímos um sistema de Prontos Socorros e Unidades de Pronto Atendimento (UPA) eficientes, é correto afirmar que possuímos um Protocolo de APH misto. Vamos explicar o porquê.

Isso acontece porque dispomos de ambos os atendimentos: in loco, com as APH móveis, tendo como exemplo o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência); bem como os APH fixos, como já mencionamos, os hospitais de pronto-socorro, UPAs, etc. 

Os erros mais frequentes em APH

Existem dois erros muito frequentes quanto às equipes de Atendimento Pré Hospitalar, e por isso cabe a nós esclarecê-los. 

O primeiro deles é quanto aos primeiros socorros. É imprescindível compreender que quando se trata de APH fixo, não cabe a equipe da ambulância oferecer os primeiros socorros ao paciente. Mas sim, e apenas, remover a vítima no menor espaço de tempo diretamente para um hospital especializado. 

Os primeiros socorros só deverão ser prestados por uma pessoa ou equipe responsável, que seja treinada e/ou orientada para tal. A partir disso, poderá aplicar as técnicas com o objetivo de manter o paciente acordado e sem piora até a chegada da ambulância.

Nos casos de APH móvel, então sim, esses primeiros socorros poderão ser aplicados pela equipe do APH. Isso porque esta equipe estará completamente apta para realizar qualquer tipo de processo que tenha que ser realizado momentaneamente. 

O segundo erro muito comum na área de APH é quanto à nomenclatura do Socorrista. Socorrista é o nome dado a uma pessoa qualquer que socorre uma vítima que passa por um acidente, um infarto, engasgo, etc. 

Ou seja, o socorrista não será necessariamente o profissional do resgate, mas sim, a pessoa responsável por acionar o serviço resgate ou APH. Essa pessoa também deverá manter a pessoa acidentada acordada e em segurança até a chegada do atendimento. 

O APH é fundamental para uma vítima de acidente

Muitas vezes após um acidente, a vida de uma pessoa pode estar completamente em risco. Serão os primeiros procedimentos feitos pela equipe de APH que poderão salvar a vítima de uma situação muito pior, que poderia levar à morte.

Por isso, lembre-se sempre que a informação e o conhecimento são tão importantes nestes casos quanto os treinamentos práticos. Uma equipe bem informada, bem orientada e bem treinada é capaz de reduzir os casos de acidentes com morte no Brasil.

Quem sabe assim conseguimos contribuir ainda mais para a diminuição dos Acidentes de Trabalho no Brasil? Não custa sonhar, certo? 

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Esperamos que você tenha gostado da leitura! Compartilhe este artigo com seus colegas e deixe seu comentário! 

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