A Máscara PFF2 é o nome dado a um tipo muito específico de Respirador – Equipamento de Proteção Individual responsável por proteger as vias respiratórias do trabalhador. Este produto está sendo muito utilizado atualmente, também, devido à pandemia do Coronavírus.
A verdade é que além do PPF2, existem os PFF1 e PFF3, que também correspondem a tipos específicos de Respiradores. Cada um deles possui suas vantagens e desvantagens que os colocam em posição de serem aptos ou não para determinadas atividades.
Isso porque devido às suas diferenças, variam também os tipos de risco aos quais oferecem proteção. Assim sendo, é fundamental conhecer cada uma dessas peças para que se possa identificar qual a mais adequada para uma situação ou atividade.
Para a proteção contra a disseminação do Coronavírus, por exemplo, o Respirador utilizado é unicamente o PFF2. Pois é o único EPI que se iguala a N95, Respirador determinado pelas normas internacionais para o uso nessa situação.
Bem, se você deseja saber mais sobre os Respiradores, o PFF2 bem como as demais e qual a ligação deste produto com a Covid-19, fique ligado neste artigo! Iremos mostrar a você as principais informações sobre cada um desses tópicos para que você se mantenha atualizado.
Boa leitura!
Para começar, o que é um Respirador ou máscara?
O Respirador é um tipo de EPI de fundamental importância para o trabalhador. Tem como principal intuito agir como um filtro de verdade, que oferece proteção às vias respiratórias do colaborador contra a inalação de contaminantes durante a atividade profissional.
Assim é também com o Respirador PFF2, que nada mais é que um tipo de Respirador. Dessa forma, para entendermos melhor sobre ela, é preciso entender como funciona este EPI como um todo.
A falta deste EPI ou mesmo a utilização inadequada pode resultar em diversos problemas para a saúde do trabalhador, doenças ocupacionais e acidentes do trabalho. Além disso, essas ocorrências são prejudiciais ao empregador também, que poderá ficar sujeito a multas e processos judiciais.
E é por isso que conhecer cada um dos EPIs, bem como o Respirador PFF2, PFF1 e PFF3 é tão importante. Só assim você poderá identificar, através do PPRA e do PPR, qual o mais adequado para a atividade que você ou sua equipe irá desenvolver.
Veja a diferença entre respirador e máscara aqui!
Respiradores e suas características:
Veja as principais características de cada um dos tipos de respirador que vimos acima.
- Respirador Facial: Este EPI protege o rosto inteiro do trabalhador, e não somente as vias aéreas. Assim, podemos dizer que é um produto de uma peça só, cujo filtro (respirador) purificador de ar e o visor formam um único equipamento.
- Semifacial: Este modelo é bem similar ao anterior. Porém, não é uma única peça, já que poderá ser utilizado juntamente com o óculos de proteção para que haja uma proteção mais completa (quando necessário).
- ¼ Facial: Este tipo é ainda menor que o anterior, mas é claro, não menos eficiente. É uma única peça onde você pode acoplar diferentes tipos de filtros. Também é ótimo para ser utilizado em conjunto com o óculos de segurança.
- Respirador Sem Manutenção: Aqui se encaixa o Respirador PFF2, bem como os modelos PFF1, PFF3 e os Respiradores tipo Concha ou Dobráveis. Ao contrário dos modelos anteriores, este é um EPI de uso único que deve ser descartado corretamente após o uso.
Além disso, também existem os respiradores autônomos, respiradores para linha de ar e respiradores motorizados. Estes falaremos melhor em um outro artigo!
IMPORTANTE: Os Respiradores Sem Manutenção como o Respirador PFF2 não são aquelas Máscaras Cirúrgicas utilizadas em hospitais! Aquele modelo não é considerado um EPI e é bem diferente dos modelos que vemos neste artigo.
Saiba mais o motivo da máscara cirúrgica não ser considerada EPI aqui!
Agora sim, vamos ver mais sobre filtros PFF?
Sobre os Respiradores PFF2, PFF1 e PFF3
Antes de mais nada, é válido lembrar que PFF é a sigla para Peça Facial Filtrante. Ou seja, um equipamento peça única onde ele mesmo é o próprio filtro! Assim sendo, a função dos filtros é reter os materiais particulados presentes no ambiente de trabalho.
Cada um desses filtros – PFF1, PFF2 e PFF3 – oferece um tipo de proteção diferente. Veja abaixo essa diferença e como são classificados estes modelos:
- PFF1 / P1: Poeiras e/ou Névoas (aerossóis mecanicamente gerados). Utilizar se a concentração for menos que 10 vezes o limite de tolerância. Eficiência mínima de 80% e penetração máxima de 20%.
- Respirador PFF2 / P2: Protege contra Fumos (aerossóis termicamente gerados) e/ou de toxidez desconhecida. Você pode utilizar desde que a concentração não seja maior que 10 vezes o limite de tolerância. Eficiência mínima de 94% e penetração máxima de 6%.
- PFF3 / P3: Particulados altamente tóxicos (LT < 0,05 mg/m³) e/ou de toxidez desconhecida. Se o ambiente estiver ate 10 vezes o limite de tolerância do contaminante. Eficiência mínima de 99,7% e penetração máxima de 0,03%.
Lembrando que para o respirador poder ser utilizado no combate ao coronavírus e ser equivalente ao N95, obrigatoriamente ele precisa ter eficiência de 95%. 94% não se equipara à proteção recomendada pelos órgãos de saúde.
P1, P2 ou P3 são as siglas referentes aos filtros que são utilizados nos respiradores com manutenção, onde é possível a troca deste filtro! Já os PFF1, PFF2 ou PFF3, são utilizados nos respiradores sem manutenção, aqueles considerados descartáveis.
Assim, tanto o Respirador PFF2 quanto estes outros modelos deverão ser utilizados sempre que for constatada a presença dos riscos elencados acima.
Quanto tempo dura a máscara PFF2?
Segundo as recomendações da ANVISA, o PFF2 não deveria ter seu uso repetido. Ou seja, o ideal seria uso único. No entanto, devido a pandemia do Coronavírus, este prazo foi estendido devido a falta de EPIs no mercado.
Dessa forma, este período aumentou para 5 dias. Portanto, dentro do intervalo de 5 dias, o filtro PFF2 poderá ser reutilizado. Após este período, o EPI deverá ser descartado em um lixo especial, caso esteja com suspeita de contaminação.
Utilizar os EPIs respeitando os limites de cada um é fundamental para que sejam eficientes. Do contrário, de nada adianta utilizar o equipamento se o mesmo não esta mais com a mesma eficácia.
Qual material do Respirador PFF2?
Basicamente, o Respirador PFF2 é produzido em tecido não tecido (TNT) para uso médico-hospitalar (TNT / Nonwoven) e tem em sua composição: Sintético, 100% Polipropileno, Atóxico.
Dessa forma, possui dois painéis de TNT e um meio filtrante em microfibras sintéticas tratadas de maneira eletrostática. A parte externa possui uma cobertura de TNT na cor azul, responsável por proteger o meio filtrante evitando que as fibras se soltem.
Máscara PFF2 e o Coronavírus
O Ministério da Saúde emitiu uma Nota Oficial com todas as orientações aos profissionais da saúde sobre o uso de máscaras de proteção respiratória (Máscara PFF2) frente à atual situação epidemiológica referente à infecção pela Covid-19.
Seguir essas recomendações é muito importante para que possamos controlar a disseminação do vírus e diminuir a taxa de contaminação. Assim, diminuiremos, também, os índices de mortes, os leitos lotados em hospitais e muito mais.
Desde o começo da quarentena, que já se foram vários meses, as recomendações mudaram muito. No entanto, é sempre válido seguir as últimas atualizações! Por isso você deve se manter sempre bem informado.
Publicamos um conteúdo exclusivo no nosso canal do youtube sobre a diferença entre a N95, PFF2 e os respiradores semi-faciais.
Aqui no Blog da Prometal EPIs você tem todas as principais informações imediatamente, bem explicadas e exemplificadas para o bom entendimento de todos. Quanto ao último comunicado que mencionamos no início deste trecho, veja abaixo os principais pontos que separamos para você:
O Ministério da Saúde recomenda aos profissionais de saúde que:
1. Conforme nota técnica GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04/2020, atualizada em 31 de março de 2020, que discorre sobre as “Orientações para serviços de saúde: medidas de prevenção e controle que devem ser adotadas durante a assistência aos casos suspeitos ou Confirmados de infecção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2)”, as máscaras de proteção respiratória (N95/PFF2 ou equivalente – Mínimo de 95% de eficiência de filtragem. Portanto, um PFF3 também pode ser utilizado, por exemplo) poderão, EXCEPCIONALMENTE, ser usadas por período maior e/ou por um número de vezes maior que o previsto pelo fabricante, desde que pelo mesmo profissional e cumpridos todos os cuidados necessários, como por exemplo:
- os serviços de saúde devem definir um protocolo para orientar os profissionais de saúde sobre o uso, re�rada, acondicionamento, avaliação da integridade, tempo de uso e critérios para descarte das máscaras;
- os trabalhadores devem sempre inspecionar visualmente a máscara antes de cada uso, para avaliar sua integridade. Máscaras úmidas, sujas, rasgadas, amassadas ou com vincos, devem ser imediatamente descartadas; c) caso não seja possível realizar uma verificação bem-sucedida da vedação da máscara à face do trabalhador, a máscara deverá ser descartada imediatamente. O número de reutilizações da máscara, pelo mesmo profissional, deve considerar as rotinas orientadas pelas Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do serviço de saúde e constar no protocolo de reutilização.
2. Para remover a máscara, retire-a pelos elásticos, tomando bastante cuidado para não tocar na superfície interna e acondicione em um saco ou envelope de papel, embalagens plásticas ou de outro material, desde que não fiquem hermeticamente fechadas. Os elásticos da máscara devem ser acondicionados de forma a não serem contaminados e facilitar a retirada da máscara da embalagem. As unidades de saúde devem providenciar locais adequados para guarda das máscaras usadas durante o turno, com identificação do nome do profissional na embalagem, sempre o mais próximo possível do quarto do caso suspeito/provável/confirmado.
3. Lavar as mãos com água e sabão ou utilizar substância à base de álcool, antes de colocar a máscara e após ajustá-la a face;
4. As máscaras, assim como os demais EPIs, utilizadas no atendimento de pacientes suspeitos ou confirmados de COVID-19, não devem, em hipótese alguma, serem levados para casa.
5. A máscara cirúrgica não deve ser sobreposta à máscara N95 ou equivalente, pois além de não garantir proteção de filtragem ou de contaminação, também pode levar ao desperdício de mais um EPI, o que pode ser muito prejudicial em um cenário de escassez.
6. Considerar o uso de protetores faciais tipo face shield concomitante com o uso da Máscara PFF2 ou similares para reduzir a contaminação da superfície.
7. Reforça que como medida de precaução, os profissionais de saúde que prestam assistência aos pacientes suspeitos ou confirmados para COVID-19, sempre que possível devem manter a distância de pelo menos 1 metro de distância do paciente;
8. O uso de máscaras PFF2 ou equivalente é indicado para a realização de procedimentos com risco de geração de aerossóis, tais como: intubação ou aspiração traqueal, ventilação não invasiva, ressuscitação cardiopulmonar, ventilação manual antes da intubação, coletas de secreções nasotraqueais, broncoscopias, entre outros.
Essas orientações foram elaboradas baseadas em referências disponíveis até o momento, podendo serem alteradas na medida que novos estudos sejam realizados.
Máscara PFF2 é na Prometal EPIs
Vale ressaltar que as Máscaras (Respiradores) PFF2 devem ser utilizadas apenas pelos profissionais da saúde ou por pessoas que possuem o risco do contágio. As demais pessoas, devem optar pelas máscaras de tecido comuns.
Continue a sua leitura com Respiradores: PFF1, PFF2 ou PFF3?