O Trava-Quedas é um dos itens mais importantes para os colaboradores que se envolvem no Trabalho em Altura. Isso porque como o próprio nome já sugere, o aparelho serve para evitar acidentes que podem gerar graves lesões ou serem até fatais.
A verdade é que esse tipo de atividade é considerada de alto risco — não é à toa que é uma das maiores causadoras de Acidentes do Trabalho no Brasil. É justamente para atenuar a presença destes riscos que os EPIs e acessórios de segurança devem ser utilizados.
No entanto, é necessário saber escolhê-los. Optar por um equipamento errado pode colocar o trabalhador em exposição direta ao risco iminente, sem contar nas multas e processos judiciais que a sua empresa estará propensa.
Por isso, se você tem alguma dúvida sobre os Equipamentos de Proteção Individual, procure sempre consultar um especialista no assunto. Agora, se você deseja saber o que é o Trava-Quedas e como ele funciona, fique ligado neste artigo!
Iremos mostrar não apenas isso como também os diferentes tipos de Trava-Quedas existentes no mercado; como escolher o ideal e os desafios do Trabalho em Altura!
O que é o Trava-Quedas?
O Trava-Quedas é um item mecânico de travamento. Tem como principal objetivo fazer uma ligação direta entre o cinto de segurança do trabalhador e o ponto de ancoragem. Dessa forma, evita que o trabalhador sofra uma eventual queda durante sua atividade.
Seu fornecimento é obrigatório por parte do empregador, sempre que existirem atividades a serem desenvolvidas acima de 2 metros de altura do nível inferior. Ao fazer isso, torna-se uma obrigação do colaborador utilizá-lo com responsabilidade, seguindo as boas práticas de uso.
Geralmente é muito utilizado em trabalhos que necessitem da utilização de andaimes ou escadas; serviços de limpeza; pinturas e manutenção de fachadas de prédios; torres de informação; telhados; entre diversas outras atividades que envolvam a suspensão do colaborador.
Assim sendo, o Trava-Quedas se trata de um acessório de segurança, que pode ser fixado tanto em cordas como em cabos de aço. Deve ser acoplado a uma linha de vida e sempre que sofre um impacto, é acionado travando automaticamente o movimento e/ou a queda do usuário.
Como você pode perceber, além de ser obrigatório, este item é fundamental para evitar muitos acidentes do trabalho. No entanto, muitas pessoas ainda possuem dúvidas na hora de escolher o equipamento e acabam, muitas vezes, tomando decisões erradas.
Dessa forma, além de expor as equipes de trabalho ao risco, a empresa fica suscetível ao recebimento de multas e processos judiciais. Por isso, fique atento às nossas dicas abaixo sobre os diferentes tipos de Trava-Quedas.
Tipos de Trava-Quedas
Existem basicamente dois tipos de Trava-Quedas: o retrátil e o deslizante. Cada um deles possui suas peculiaridades que precisam ser respeitadas para que haja realmente a segurança durante o trabalho. Vamos ver abaixo estes dois modelos específicos!
Trava-Quedas Deslizante
O Trava-Quedas Deslizante é o modelo que deve ser acoplado à uma linha de vida, seja ela de corda ou cabo de aço, que esteja colocada em posição vertical. Os movimentos de deslocamento do trabalhador serão feitos em uma linha de ancoragem, seja ela do modelo rígido ou flexível.
Linhas de Ancoragem Rígidas são aquelas que são compostas por um trilho ou por um cabo de aço. Enquanto as Linhas de Ancoragem Flexíveis podem ser feitas através de cordas produzidas em material sintético ou, também, cabos de aço.
Dessa forma, o trava-quedas deslizante é o modelo geralmente utilizado em andaimes ou cadeiras suspensas; escadas tipo marinheiro; ou qualquer local que necessite o acesso por escada e seja acima de 2m do nível do chão.
Além deste modelo, existe também o Trava-Quedas Retrátil, que nós veremos a seguir.
Trava-Quedas Retrátil
O Trava-Quedas Retrátil é o modelo que geralmente é composto por um cabo de aço ou poliéster. Esse dispositivo é retraído ou estendido através de uma mola, que irá ser acionada quando necessário, dependendo dos movimentos verticais do colaborador.
O sistema é acionado da mesma maneira: ao sofrer um impacto, que seria causado por uma queda por exemplo, o produto entra em funcionamento. Dessa forma, o movimento de queda do usuário é travado evitando um acidente que poderia ser fatal.
Portanto, o trava-quedas retrátil é utilizado em trabalhos acima de 2m do chão que envolvam movimentação vertical ou horizontal; atividades que utilizem a ajuda de troles; cargas e descargas de caminhões; entre outros.
E o Talabarte, o que é?
Por falta de acesso à informação, muitas pessoas acabam confundindo o Talabarte e o Trava-Quedas. Estes dois equipamentos são fundamentais para a Segurança do Trabalho em Altura. No entanto, são bem diferentes e devem ser entendidos perfeitamente!
O Talabarte é um equipamento responsável por realizar uma conexão entre o cinto de segurança utilizado pelo trabalhador e o ponto de ancoragem. É outro item fundamental para a segurança daqueles que trabalham em altura!
É muito confundido com o Trava-Quedas por também possuir como principal objetivo a diminuição e retenção de eventuais quedas durante as atividades profissionais. O talabarte, juntamente com o Trava-Quedas, o Ponto de Ancoragem e o Cinto de Segurança fazem parte do Sistema Individual de Proteção de Quedas (que você verá com mais detalhes no final da leitura).
Neste momento, é sempre válido ressaltar que o colaborador jamais poderá utilizar o Talabarte como uma Extensão do Trava-Quedas! Cada um destes equipamentos possui suas finalidades bem definidas que precisam ser respeitadas.
Do contrário, o colaborador estará com sua vida em risco e a empresa em risco judicial. Mas afinal de contas, quais as principais diferenças entre um Trava-Quedas e um Talabarte? É o que veremos no tópico a seguir!
Diferença entre Trava-Quedas e Talabarte
O Talabarte é um acessório utilizado no Cinto de Segurança que tem como principal finalidade travar a queda do usuário. Sim, a mesma funcionalidade do Trava-Quedas e, por isso, são muito confundidos por aí! É, portanto, um elemento de ligação entre o cinto e o ponto de ancoragem.
Deve ser utilizado sempre que o local onde serão desenvolvidas as atividades não possuir linha de vida e onde há o risco de queda de grandes alturas. São utilizados para progredir em escadas ou para trocar de uma linha de vida para outra (e até mesmo como limitador, para quem trabalha em parapeitos, por exemplo).
Já o Trava-Quedas que vimos neste artigo, é utilizado nos momentos em que há a instalação da linha de vida!
Assim sendo, o Trava-Quedas é também um acessório, mas que aumenta a segurança do trabalhador através da linha de vida e do encurtamento da distância de uma queda.O motivo é que trajetória da mesma será diminuída em razão de ele já estar posicionado acima da cabeça do trabalhador.
No entanto, é fundamental que o cabo do trava quedas retrátil não fique com angulação maior do que 45º por risco de não acionar em caso de queda.
São considerados EPIs?
Tanto o Trava-Quedas quanto o Talabarte já foram mas hoje não são mais considerados Equipamentos de Proteção Individual. Por esta razão, atualmente você não encontra mais este produto com o Certificado de Aprovação (CA). A mudança veio em 2015, quando o Ministério do Trabalho proibiu a emissão isolada da certificação para este dispositivo.
Pouco tempo mais tarde, foi a vez do Trava-Quedas perder o Certificado de Aprovação. No entanto, estes equipamentos passaram a ter a obrigatoriedade da certificação compulsória junto ao INMETRO.
Agora você pode estar se perguntando… os Trava-Quedas só podem ser utilizados junto ao cinto de segurança de mesmo fabricante?
E a resposta é: nem sempre! Os acessórios têm que ser compatíveis com aquele determinado modelo e tem que estar mencionados no CA do cinto. Mesmo que o cinto seja da mesma marca do talabarte, por exemplo, se a referência do talabarte não estiver sendo mencionada no CA do cinto, não pode ser utilizado.
Sistema de Proteção Contra Quedas (SPCQ)
O Sistemas de Proteção Contra Quedas é regulamentado pela NR 35 – a Norma Regulamentadora responsável pela Segurança do Trabalho em Altura. No item 35.5, podemos ver que é obrigatória a utilização de sistema de proteção contra quedas sempre que não for possível evitar o trabalho em altura.
Além disso, o sistema de proteção deverá ser:
- Adequado à tarefa a ser executada;
- Selecionado de acordo com Análise de Risco, considerando, além dos riscos a que o trabalhador está exposto, os riscos adicionais;
- Selecionado por profissional qualificado em segurança do trabalho;
- Ter resistência para suportar a força máxima aplicável prevista quando de uma queda;
- Atender às normas técnicas nacionais ou na sua inexistência às normas internacionais aplicáveis;
- Ter todos os seus elementos compatíveis e submetidos a uma sistemática de inspeção.
A Norma Regulamentadora elucida, também, que o Sistemas de Proteção Contra Quedas deverá considerar a utilização:
- de Sistema de Proteção Coletiva contra Quedas – SPCQ;
- de Sistema de Proteção Individual contra Quedas – SPIQ (onde entra o Trava-Quedas).
O Sistema Individual deverá ser utilizado sempre que houver a impossibilidade de adoção do SPCQ; sempre que o SPCQ não ofereça completa proteção contra os riscos de queda; ou para atender situações de emergência específicas.
Como escolher o ideal?
Se ainda assim, você ainda tem dúvidas para escolher o melhor Trava-Quedas para a sua empresa, deverá contar com a orientação de um profissional.
Aqui na Prometal EPIs você tem à sua disposição uma equipe completa pronta para oferecer a você a ajuda que você precisa.
A Segurança do Trabalho é capaz de salvar vidas. Mas para isso, todos devem fazer a sua parte. Faça a sua também! E conte sempre conosco para isso.
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