Protetor auricular: Por que utilizar?

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Muitas vezes presenciamos casos de trabalhadores recusando-se a utilizar os Equipamentos de Proteção Individual adequado para as suas tarefas. Porém, quando o assunto é proteção auditiva, esse número parece aumentar. A maior reclamação? O desconforto e a ineficácia do protetor auditivo. Mas, como solucionar este problema? Provavelmente, os trabalhadores estão utilizando os EPIs incorretos para aquela situação ou tipo de atenuação, inserção incorreta do plug ou ajustes incorretos do protetor auditivo tipo “concha”.

Hoje, vamos falar sobre o protetor auricular para que você possa compreender a importância da utilização, quando você deve utilizar este EPI e como escolher o protetor auricular ideal para cada ambiente de trabalho.

Por que proteger o ouvido?

O ouvido é uma região muito sensível do corpo e está exposto a diversos riscos no nosso dia a dia, seja no lazer ou nas tarefas profissionais. Porém, no ambiente de trabalho, existem limites de tolerância para evitar futuras complicações e ameaças à saúde do trabalhador. O ruído é o principal risco existente que ameaça a saúde da audição nos locais de trabalho. Respeitar as normas de segurança é essencial para a proteção auditiva eficaz para a prevenção dos riscos existentes!

Prevenir as doenças ocupacionais faz parte do dia a dia dos profissionais da segurança do trabalho. A avaliação dos riscos existentes e a atenuação dos ruídos é de extrema importância para escolher o equipamento de proteção auditiva ideal. A intensidade do ruído é medida em Decibéis – dB e os limites de tolerância é específico de cada local! Quando um ambiente de trabalho ultrapassa os limites de tolerância que a norma determina, é obrigação do empregador, fornecer o EPI adequado para aquela atividade. Lembrando que para ser considerado EPI deve conter o Certificado de Aprovação – CA.

(Veja a tabela dos limites de tolerância para cada atividade!)

Por isso, o uso correto do protetor auricular é fundamental para preservar a saúde do trabalhador ao exercer as atividades da jornada de trabalho. Assim como, o acompanhamento com a realização de exames periódicos para monitorar a saúde dos colaboradores e identificar a eficácia das medidas preventivas diante dos riscos presentes.

Proteção auditiva: O uso do protetor auricular

O protetor auricular é utilizado em diversas situações onde o nível do ruído é maior que os limites de tolerância permitido, tendo atenuação de diferentes tipos de dB. Além disso, também protege o usuário contra ventos fortes, frio, chuva e também utilizados por músicos, atletas de esportes ou atividades aquáticas para garantir a proteção do canal auditivo contra diversos agentes ambientais. Para garantir a eficácia do EPI é preciso orientar o usuário e apresentar os motivos pelo qual ele deve utilizar o protetor auditivo. Assim, será possível a compreensão da prevenção dos riscos e a consciência da importância do uso do EPI.

Tipos de protetor auricular

Silicone ou plug: confeccionado 100% em silicone, facilitando a higienização e preservação do mesmo por ser totalmente lavável. Se preservado corretamente, é um protetor que dura por longos períodos.
Espuma: é perfeito para se adaptar ao ouvido do usuário! Por ser feito em espuma, este protetor auricular é moldável e de fácil ajuste ao canal auditivo. Porém, é descartável! Indicado para o uso em período curto de tempo.
Polímero: Tipo inserção pré-moldado. Esse protetor é confeccionado em copolímero e fisiologicamente inerte. Alia baixo custo, conforto e alto grau de atenuação

Higienização

Para evitar contaminações, a higienização deve ser realizada com frequência e o usuário pode seguir algumas dicas que listamos abaixo:

  • Utilizar o protetor auricular de acordo com as orientações do treinamento
  • A higienização deve ser feita sempre após o uso
  • A limpeza pode ser feita esfregando o protetor com as mãos em água corrente
  • Não misture o equipamento com roupas sujas para evitar a contaminação.
  • Guardar em local limpo e fechado, longe do sol.

Garantir a proteção auditiva dos trabalhadores corretamente irá proporcionar mais qualidade de vida, produtividade e segurança no trabalho. Além de prevenir as doenças ocupacionais e evitar possíveis ameaças à saúde dos colaboradores da empresa.

Protetor Auricular ou Abafador de Ruído – qual utilizar?

protetor auricular plug auditivo

Muitas pessoas nos perguntam com frequência qual EPI escolher para a Proteção Auditiva: protetor auricular ou o abafador de ruídos. Esses dois modelos são importantes mas possuem características que os diferenciam entre si e, por isso, é importante que você as conheça para poder optar pelo modelo ideal.

Abafador de Ruído é o nome dado ao Protetor de Ouvido tipo Concha: composto por duas partes revestidas de espuma e um arco sobre a cabeça. Enquanto isso, o Protetor Auricular é um produto pequeno que o trabalhador insere dentro dos ouvidos. Este segundo modelo também pode ser chamado de “Plug” e é geralmente fabricado em espuma, polímero, silicone ou silicone grau farmacêutico. 

Os dois EPIs possuem o mesmo objetivo principal: a diminuição dos ruídos do ambiente de trabalho que podem causar danos à saúde dos trabalhadores. No entanto, uma coisa é fundamental observar no momento da compra: os níveis de ruído a qual oferecem proteção.

Isso porque para cada um destes EPIs de Proteção Auditiva, existirão diversos modelos com diferentes potências e capacidades de proteção. Outro ponto importante a levar em consideração no momento de escolha entre estes dois produtos é o conforto do trabalhador.

Enquanto o Abafador de Ruído é considerado mais confortável, já que não é “invasivo”, ficando apenas sobre a cabeça, ainda há um bom número de pessoas que preferem o Protetor Auricular pela sua praticidade e facilidade de transporte. 

Por este motivo, depois de ser constatada a necessidade do EPI, converse com seus funcionários sobre a possibilidade de preferência entre um modelo e outro (quando há).

Limites de Tolerância ao Ruído

O Protetor Auricular é um Equipamento de Proteção Individual que deve ser utilizado sempre que houver uma atividade em que extrapole os limites de tolerância a ruídos determinados pela NR 15 – a Norma Regulamentadora responsável por regulamentar os níveis de Insalubridade.

Veja na tabela abaixo os níveis de tolerância ao ruído medido em decibéis (DB), segundo a NR 15, e o tempo máximo de exposição dos trabalhadores: 

A responsabilidade pela inspeção e necessidade dos EPIs para a Proteção Auditiva é a mesma equipe responsável pelo PPRA – a sigla para o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. Este programa tem como principal intuito identificar os riscos presentes no ambiente e desenvolver estratégias para eliminá-los ou atenuá-los.

Como é feita a avaliação destes níveis?

O principal método de avaliação de nível de exposição de ruídos é através da avaliação quantitativa. Dessa forma, é possível observar o nível de exposição que o colaborador está submetido enquanto realiza as suas tarefas profissionais.

Esta avaliação quantitativa deverá ser realizada através de sistemas de medição que avaliam os riscos ocupacionais existentes nos locais de trabalho – neste caso, os ruídos. Para isto, será utilizado o Dosímetro. 

É importante salientar que muitas pessoas nesse momento irão pensar no Decibelímetro. No entanto, este equipamento é utilizado para registrar somente os picos do ruído. Excelente para monitorar a incidência do ruído no local. Já o dosímetro é geralmente utilizado para qualificar e definir a dose de uma jornada inteira de trabalho, calculando a média de ruído correta. Por este motivo, ele é o mais indicado.

Ambos os equipamentos são capazes de avaliar as condições ambientais da empresa para que seja possível apresentar as soluções e medidas de segurança do trabalho adequadas para garantir a proteção do trabalhador. Ou seja, aplicar as Medidas de Controle de Risco. 

Entre elas, os EPIs para a Proteção Auditiva. 

Atenuação de Ruído: NRR e NRRsf 

NRR e NRRsf são duas metodologias de atenuação de ruído para protetores auditivos. São de entendimento fundamental para que se possa medir o nível de atenuação de ruídos nos ambientes de trabalho. 

Estes valores não são expressos em decibéis, como a maioria dos EPIs de Proteção Auditiva marca em suas recomendações, mas, sim, em índices que podem ser subtraídos diretamente do nível de exposição do trabalhador – dado em dB(A). Isso se dá devido a soma do decibel ocorrer por escala logarítmica e não aritmética (algoritmos manuais) como estamos acostumados a lidar.

  1. NRR → Noise Reduction ou Nível de Redução do Ruído (NRR), testa os protetores auditivos em ouvintes bem treinados com ajuda do executor do ensaio para obter uma colocação perfeita, no entanto, com o passar dos tempos, verificou-se que os valores obtidos eram diferentes do mundo real.
  2. NRRsf →  Sua metodologia, baseia-se na norma ANSI S12.6 – 1997 (B), que convencionou-se usar ouvintes não experientes, sem treino e sem ajuda pelo executor do ensaio para colocação do protetor auditivo, por isso o SF, que é abreviação de Colocação Subjetiva (do inglês, Subject Fit). Com isso, os resultados obtidos se aproximam mais da “real” atenuação.

Também é válido ressaltar que: No Brasil, desde 25 de março de 2003, ficou estabelecido que os ensaios de protetores auditivos para obtenção do Certificado de Aprovação (CA) deveriam ser realizados de acordo com a norma ANSI.S.12.6/1997 – Método B – Método do Ouvido Real – Colocação pelo Ouvinte. Desta forma, as atenuações dos protetores auditivos ensaiados seriam expressadas sem NRRsf.

Gostou? Você pode se interessar pelo vídeo do canal Pensou Proteção sobre a proteção auditiva e os níveis de ruídos!

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