A demanda de EPIs no setor hospitalar sempre foi movimentada, tendo em vista os inúmeros riscos da profissão que assolam os trabalhadores diariamente. Por este motivo, é fundamental uma boa gestão de equipamentos para evitar a falta dos produtos.
No entanto, tem vezes que nem isso é suficiente. Durante a pandemia do coronavírus, por exemplo, a escassez de equipamentos para a proteção respiratória foi inevitável e perdura até hoje. Um desafio e tanto para os milhares de profissionais da linha de frente.
Isso não indica necessariamente uma falta de responsabilidade do empregador, já que muitas vezes o problema está desde a importação ou fabricação dos EPIs. Bem, se você deseja saber mais sobre este assunto, veio ao lugar certo.
Neste artigo discutiremos a demanda de EPIs no setor hospitalar, quais os principais produtos empregados na área, além de abordar quais são os desafios enfrentados pelos profissionais da linha de frente da Covid-19, mesmo no segundo ano de pandemia.
Confira!
Quais os principais EPIs no setor hospitalar?
Dentro de um hospital existem muitos setores e ambientes diferentes e, por isso, a necessidade de EPIs também será diferente. Isso porque a escolha dos equipamentos irá depender dos riscos presentes no local e nas atividades desenvolvidas.
Portanto, aqui listaremos os mais comuns EPIs no setor hospitalar. Mas para saber quais são realmente necessários na sua situação, será preciso consultar o Programa de Gerenciamento de Riscos, combinado?
1. Luvas
As Luvas de Segurança são fortes protagonistas quando tratamos de EPIs no setor hospitalar. Principalmente quando mencionamos as luvas descartáveis, que acabam por ser necessárias na maioria das situações.
Nesse sentido, podemos elencar as luvas descartáveis de látex natural, vinil ou nitrilo. Além disso, existem os modelos estéreis, utilizados para atividades mais “invasivas”, e os modelos não estéreis, utilizados para todas as demais atividades.
2. Óculos de proteção
Os óculos de proteção também são um EPI muito utilizado nas áreas da saúde. Geralmente são empregados quando há risco de excreções, secreções ou produtos químicos respingarem no trabalhador, oferecendo assim a proteção ocular contra estes riscos.
Como os óculos são utilizados em ambientes fechados, o modelo mais comum a ser cogitado nestes casos é o Óculos de Proteção Incolor. Dentro dessa característica, outras variações podem ser encontradas.
3. Proteção Respiratória
Dentro da proteção respiratória podemos citar uma série de respiradores utilizados no setor hospitalar. Como por exemplo, o Respirador ¼ facial e as máscaras PFF2 (utilizadas inclusive contra o Coronavírus).
Por outro lado, aqui também entrariam as máscaras cirúrgicas, que são muito utilizadas dentro da área da saúde. No entanto, elas não são consideradas EPI, já que não possuem certificado de aprovação. Mas isso não significa que não seja imprescindível também.
4. Calçado de Segurança
Os calçados de segurança também são muito importantes quando falamos de EPIs no setor hospitalar. São de preferência fechados, sendo geralmente necessárias as Botinas de Segurança mas também os Sapatos de Segurança (aqueles tipo crocs, sabe?).
Mas é claro que não pode ser um crocs comum. É preciso que o calçado seja adquirido em uma loja especializada em EPIs para garantir que o produto possua o certificado de aprovação e, dessa forma, seja de fato eficiente para trazer segurança ao usuário.
5. Protetor Facial de Acrílico
Também chamado de Face Shield, o protetor facial é um equipamento que também é de suma importância dentro da área da saúde. Um exemplo de utilização é em laboratórios onde é feita a esterilização de instrumentos hospitalares.
Agora, durante a pandemia do coronavírus, este produto também passou a ser utilizado por algumas pessoas que buscavam uma proteção que vai além das máscaras de proteção. Tanto cidadãos comuns como atendentes de lojas e supermercados.
O protetor facial é geralmente produzido em acrílico, o que não dificulta em nada a visão do trabalhador durante os procedimentos. Além disso, o produto oferece proteção para a parte frontal e lateral do rosto.
Escassez de EPIs durante a Covid-19
No início da pandemia foi constatado que a PFF2 sem válvula seria o EPI ideal para o combate à disseminação do Coronavírus. Por este motivo, a procura por este produto em específico aumentou significativamente ao redor do mundo inteiro.
Pelo fato de terem se tornado itens essenciais, pessoas comuns passaram a comprar o EPI e não mais apenas os profissionais. Fazendo com que assim o equipamento sumisse do mercado, causando muita preocupação e mudanças estratégicas, já que profissionais da área da saúde acabavam ficando sem o produto.
Dentre essas modificações, foi a liberação do uso de máscaras de tecido por parte da população. Isso ocorreu justamente para que pessoas comuns parassem de procurar pelo EPI (geralmente o PFF2) e utilizassem outro tipo de proteção, deixando os equipamentos para profissionais da saúde e etc.
Desafios do dia a dia
Já estamos no segundo ano de pandemia e a escassez dos respiradores no mercado continua. Por este motivo, esse acaba sendo o principal desafio enfrentado pelos profissionais da área da saúde diariamente em suas rotinas.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), devido à falta do equipamento, algumas empresas estão tendo que tomar medidas drásticas para conter o problema. Como por exemplo, sugerir a reutilização de produtos descartáveis, ou mesmo sugerir que os trabalhadores busquem meios de adquirir seus próprios produtos.
No estado do Ceará, no dia 24 de janeiro de 2022, entrou em vigor uma lei que obriga a utilização de máscaras PFF2 por todos os trabalhadores de serviços essenciais, que tenham contato direto com o público.
Quem deve fornecer o produto é o empregador, no entanto, os mesmos alegam dificuldades para encontrar o EPI à venda no mercado. A escassez ainda acontece e, por isso, é necessário abrir algumas exceções. O produto que deveria ser descartável, está sendo reutilizado algumas vezes por muitos trabalhadores.