Já ouviu falar sobre doenças ocupacionais, mas não sabe sobre o que se trata? Existe uma série de doenças ocupacionais que podem ser prevenidas.
Entender quais são essas doenças e como atuar para a prevenção é importante, com o objetivo de cuidar da sua própria saúde no cotidiano de trabalho.
Evitando que doenças possam fazer parte de seu futuro, minimizando sua qualidade de vida e impedindo de desfrutar de uma rotina plena.
Por isso mesmo, vamos explicar mais sobre as doenças ocupacionais, quais são suas causas e como atuar na prevenção, confira a seguir.
O que são doenças ocupacionais e quais são as principais causas?
As doenças ocupacionais são aquelas que estão diretamente relacionadas ao cotidiano de trabalho, seja pela função ou pela forma como o profissional se submete ao trabalho.
As doenças mais comuns são as causadas pelo esforço repetitivo, como tendinite em pessoas que atuam em escritórios, digitando um grande volume de informações todos os dias.
A má postura é, sem dúvidas, uma das principais causas de dores no corpo e doenças como problemas na coluna, mãos, punhos e cotovelos ocasionados pelo esforço diário em uma postura inadequada.
Existem muitas causas comuns para que o trabalhador desenvolva doenças ocupacionais. Ter um ambiente de trabalho improvisado ou desconfortável, é um dos fatores que desencadeiam alterações significativas na saúde do profissional.
Os distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT) são cada vez mais comuns, estão relacionados ao hábito de manter contínua postura inadequada, ocasionando agravamento da doença a longo prazo e invalidez do trabalhador.
Por isso, todos os profissionais devem sempre ter atenção às questões posturais durante a rotina de trabalho, utilizando os ambientes com o máximo de conforto e posicionando o próprio corpo de maneira assertiva.
Sempre com o objetivo de ter mais qualidade de vida e saúde durante a própria rotina de trabalho para evitar problemas futuros. Ter dores ao final de seu expediente diariamente não é normal.
Como prevenir doenças ocupacionais?
Alguns cuidados são importantes para a prevenção de doenças ocupacionais, visando a manutenção da própria saúde ao não repetir erros constantemente.
Veja algumas dicas:
1. Usar os equipamentos de proteção individual adequadamente
Muitos profissionais ficam com surdez temporária ou definitiva ocasionada por sua ocupação profissional.
Quando o profissional utiliza os equipamentos de proteção individual necessários para se expor ao ambiente barulhento, a proteção evita que o ruído cause surdez. No entanto, é preciso que o EPI seja utilizado corretamente.
O excesso de ruído pode ocasionar problemas emocionais, além da surdez propriamente. Portanto, o ideal é sempre adotar uma conduta de autoproteção. Tendo como objetivo evitar danos temporários ou permanentes.
2. Ter uma boa postura
A atividade física pode ser uma grande aliada de profissionais que passam longas horas na mesma posição. Fazer exercícios físicos aumenta a consciência corporal e melhora a capacidade de seu corpo de se posicionar adequadamente, proporcionando um alinhamento.
Dessa forma, é possível evitar que as horas na mesma posição resultem em danos para seu organismo. Bem como, possibilitam que os músculos sejam fortalecidos para que o corpo não sofra com danos relacionados à repetição de movimentos.
Esse é um importante cuidado com sua saúde para ser mantido durante todo o processo de envelhecimento. Fazer exercícios regularmente ajudará na manutenção da boa saúde em vários aspectos.
Além disso, alongamentos podem ser feitos durante a rotina de trabalho, sem sequer precisar se levantar da mesa de seu escritório. Possibilitando melhor alinhamento corporal e evitando uma série de lesões que são significativas e causam incapacitação física.
3. Melhorias no ambiente laboral
É importante que o profissional possa solicitar ao RH as melhorias necessárias para seu ambiente laboral. Com o objetivo de que todos os equipamentos e utensílios utilizados no cotidiano sejam ajustados para evitar doenças ocupacionais.
Ter uma cadeira com ajuste de altura, um espaço confortável para o trabalho e equipamentos eficientes auxilia justamente para que o corpo tenha melhores condições.
Evitando que os movimentos cotidianos sejam desalinhados, causando dores e desconfortos significativos ao concluir o dia de trabalho.
Quem termina o dia com dores nas costas ou em outras áreas do corpo precisa redobrar os cuidados com a própria saúde. Uma vez que, as dores são sinais importantes de que algo não está como deveria.
Como identificar doenças ocupacionais?
A doença ocupacional precisa ser identificada para que o profissional possa procurar ajuda no auxílio doença do INSS durante o período de tratamento.
Bem como, possa perceber quais são os fatores que estão gerando a doença, para que possa corrigir os problemas e evitar o agravamento da questão.
As doenças ocupacionais se enquadram como um acidente de trabalho, por isso, quando o profissional precisa de afastamento pelo INSS ele conta com 12 meses de estabilidade no emprego após o retorno da alta médica.
Portanto, um profissional que se recuperou não poderá ser demitido no período de 1 ano após a alta. Se o profissional for demitido mesmo assim, ele poderá recorrer à justiça para ser reintegrado às suas funções.
Para identificar se uma doença é ou não ocupacional, é preciso considerar a sua atividade e o diagnóstico de seu médico.
Conversando com o profissional é possível perceber se a doença foi causada por sua atividade laboral ou se é uma doença genética e que já ocorreria em outro cenário.
Para facilitar o processo de identificação, elencamos alguns exemplos dos principais tipos de doenças ocupacionais que são comuns na rotina, possibilitando que identifique se a sua doença é proveniente da sua ocupação profissional.
Exemplos de doença ocupacional
Elencamos os principais exemplos de doenças ocupacionais, para que possa identificar se está manifestando alguma delas.
1. LER ocupacional
A Lesão por Esforço Repetitivo (LER), é uma doença ocupacional causada pelo repetitivo movimento, reduzindo gradativamente a capacidade que o indivíduo possui de trabalhar.
Dependendo da gravidade, o LER pode levar o indivíduo à aposentadoria por invalidez. Essa lesão pode ser desenvolvida por pessoas de diferentes funções em diferentes ramos de atuação.
Por ser uma doença de lenta progressão, é normal que LER passe despercebido, sendo uma doença que só será notada em estágio mais avançado.
2. Asma ocupacional
A asma ocupacional é desencadeada pela alergia ocasionada pela inalação de agentes tóxicos que estão presentes no ambiente laboral.
Os agentes desencadeiam obstrução das vias respiratórias, ocasionando a asma ocupacional ao longo do período de trabalho sendo prolongadamente exposto aos agentes químicos.
3. Surdez temporária ou definitiva
Comum em trabalhadores expostos à poluição sonora prolongada, em ambientes com diferentes níveis de ruídos, a surdez temporária ou definitiva é uma doença de trabalho infelizmente bastante comum.
A surdez temporária pode ser evitada com o uso de equipamentos de proteção individual, como os protetores auriculares. Geralmente os profissionais negligenciam o uso desse equipamento e acabam sendo expostos diariamente a ruídos exaustivos, como cabeleireiros que passam o dia secando cabelos sem a devida proteção.
4. DORT (Distúrbios Osteomusculares relacionados ao Trabalho)
DORT é uma doença que muitas vezes está na mesma categoria que LER, sendo ocasionada pela contínua postura equivocada na rotina de trabalho.
A má postura repetida diariamente por 8 horas de trabalho ocasiona invalidez do trabalhador, podendo inviabilizar sua rotina laboral.
Para combater essa doença é preciso adequar o local de trabalho, fazer atividade física e fortalecimento muscular.
De modo que, a boa postura possa ser exercitada, adicionando qualidade de vida para sua rotina e a recuperação dos músculos. Evitando que a dor crônica seja um fator que desencadeia a perda de qualidade de vida.
Em todos os casos de doenças ocupacionais, é importante procurar auxílio médico para diagnosticar a doença, identificar o que desencadeou e iniciar o tratamento corretamente.
Tendo em vista que, não identificar que é uma doença de origem ocupacional, pode ser um fator que desencadeia a dificuldade de tratamento.
Afinal, não saber o que está fazendo de errado em seu cotidiano que agrava a situação de sua saúde ocasiona negligência no tratamento. Obviamente, é importante conversar com o médico sobre a necessidade de afastamento das atividades laborais por um período para o tratamento.
De modo que, seja possível manter o tratamento por tempo suficiente para a recuperação plena, possibilitando a volta para a rotina de trabalho em sua melhor capacidade física.
Doenças ocupacionais podem ser evitadas
É importante que empresas e profissionais compreendam que as doenças ocupacionais podem e devem ser evitadas no cotidiano de trabalho.
O profissional deve cuidar da própria saúde se exercitando e nutrindo bons hábitos fora de seu horário de expediente. Tendo como objetivo o envelhecimento saudável e livre de uma série de doenças.
Já a empresa, precisa investir para evitar doenças ocupacionais, oferecendo um bom ambiente de trabalho que permita ao colaborador desempenhar suas atividades sem que os equipamentos ocasione dores.
Esse investimento irá desencadear retorno positivo por evitar que o profissional esteja constantemente ausente de seu posto de trabalho por causa de dores e outros problemas.
O afastamento de um profissional por doenças ocupacionais é bastante prejudicial para a empresa e toda a equipe. Portanto, o ideal é que a empresa invista em melhorias internas para oferecer aos funcionários o melhor ambiente laboral visando evitar doenças ocupacionais e seus custos.