O Filtro para Respirador é um item indispensável para um EPI muito específico, que só terá eficiência com a utilização do mesmo. É o caso do Respirador Facial; ¼ Facial e o Semi Facial. Estes três produtos, sem a utilização de um filtro, tornam-se apenas uma máscara.
A melhor vantagem disso tudo é a durabilidade. Como um filtro pode ser trocado com facilidade e possui um ótimo custo benefício, o respirador torna-se ainda mais durável se cuidado com responsabilidade e seguindo as recomendações do fabricante.
No entanto, não é qualquer respirador, e também não é qualquer filtro. Se você é leitor assíduo do nosso blog, deve estar cansado de saber que os EPIs são produtos muito importantes e que devem ser empregados de acordo com o tipo de risco.
Com o Filtro para Respirador não é diferente. O Risco Respiratório é um fator muito importante que pode trazer muitas doenças e acidentes para o trabalhador. Por este motivo, é, não só obrigatório, como fundamental de ser atenuado ou eliminado.
Como nem sempre é possível eliminar este risco por completo, entram as medidas de controle de risco que servem para atenuar os agentes que restam no ambiente. Ou melhor, o impacto que esses agentes terão no trabalhador.
Dentre essas medidas, estão os EPIs, como os respiradores, por exemplo. No artigo de hoje, falaremos mais sobre os tipos de Filtro para Respirador existentes no mercado e como você deve escolher o seu. Tenha uma boa leitura!
O que é e para que serve o Filtro para Respirador
O Filtro para Respirador é um item que deve ser acoplado aos respiradores Facial; ¼ Facial e Semi Facial para que estes se tornem uma peça filtrante. Sem este mecanismo, o EPI deixa de oferecer a proteção contra o risco respiratório.
Por este motivo, este produto é essencial e indispensável. Mesmo não sendo considerado um EPI, já que sozinho não oferece proteção, é de fornecimento obrigatório pelo empregador. Isso porque a utilização em conjunto com o Respirador é o que fornecerá a segurança necessária para o desenvolvimento das atividades.
Os riscos aos quais o produto oferece proteção podem ser divididos de duas formas:
- Partículas sólidas ou líquidas, como poeiras, fumos e névoas; ou
- Substâncias gasosas como gases e vapores.
Para cada tipo de risco, que irão se enquadrar dentro dessas duas categorias, haverá um filtro indicado para ser utilizado. Assim, vemos uma longa lista de produtos disponíveis no mercado, um para cada ocasião, a depender do agente ambiental.
Nesse sentido, entra a importância de programas como o PPRA (PGR, que entrará em vigor em agosto deste ano) e também do PPR – Programa de Proteção Respiratória. São estes projetos que irão avaliar os riscos do ambiente e desenvolver as medidas preventivas.
As medidas a serem adotadas nesses casos deverão prever desde a possibilidade de eliminação do risco, até a atenuação do impacto do mesmo no trabalhador. Esta última situação é onde entram os EPIs, após todas as demais medidas terem sido tomadas.
Tipos de Filtro para Respirador
Os filtros para respirador podem ser mecânicos ou químicos, ou ainda uma combinação dos dois. De acordo com a Norma Europeia EN 14387, são identificados seguindo com uma tabela de cores. Cada cor fará referência ao tipo de risco ao qual oferece proteção (lembre-se das duas categorias de riscos que mencionamos acima).
Veja a tabela abaixo para entender melhor essa relação:
A cor do filtro para respirador virá identificada na embalagem do produto, portanto, este é um item importante de ser verificado no momento da compra. Além das cores, há uma categoria de filtros que contém uma outra especificação importante.
É o caso dos Filtros Químicos e suas classes 1, 2 e 3. Vamos ver logo abaixo!
Filtros Químicos – Classes 1, 2 e 3
Os Filtros Químicos podem ser classificados de três diferentes formas, que terão como principal diferença a concentração de contaminantes que oferecem resistência. São elas:
- P1 = 80%
- P2 = 94%
- P3 = 99,95 %.
Estes são os parâmetros mínimos para cada classificação. No entanto, nada impede que, por exemplo, uma marca específica tenha um PFF2 que filtre 96%.
Esse filtro deverá ser utilizado de acordo com o tipo de peça facial compatível, segundo a tabela abaixo indica:
E os Filtros Mecânicos?
Os filtros mecânicos são aqueles filtros que não são acoplados em um respirador, pois sozinhos já são o próprio EPI, ou melhor, a própria peça filtrante. Este modelo também apresenta uma variada classificação, de acordo com as normas americana e brasileira.
Veja abaixo a tabela de classificação americana. Nela você pode observar como primeiro da lista, o filtro N95, muito utilizado agora durante a pandemia do Coronavírus.
Agora, na tabela abaixo, veja a classificação segundo a norma brasileira, ABNT/NBR – 13.697/98.
Lembrando que PFF significa Peça Parcial Filtrante. Como neste artigo estamos dando ênfase ao filtro para respirador, vamos voltar aos filtros químicos e, também, falar um pouco dos cartuchos.
Filtro Químico ou Cartucho Químico?
O cartucho químico também é utilizado em respiradores, e são produzidos com carvão ativado. Este componente faz com que o produto ofereça uma excelente proteção contra gases e vapores presentes no ambiente de trabalho.
Do contrário, é válido lembrar que este produto sozinho já não é eficiente contra riscos particulados como poeiras, névoas e fumos. Agora, se for utilizado em combinação com um filtro mecânico (hoje em dia já vemos no mercado esta combinação), então sim, a partir daí poderá ser utilizado para este fim.
Para que este produto seja durável, é fundamental seguir as recomendações do fabricante para troca ou substituição. Além disso, sua vida útil varia de acordo com o contaminante e a concentração ao qual é exposto, umidade do ar e os cuidados com o produto.
Como escolher o Filtro para Respirador?
Para escolher o filtro para respirador você irá depender de dois fatores: o PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ocupacionais) e o PPR (Programa de Proteção Respiratória). Estes dois projetos são fundamentais para que essa escolha seja assertiva.
A NR 9 é responsável por regulamentar o PPRA, que deverá avaliar, analisar e identificar cada um dos riscos do ambiente de trabalho. A partir disso, realiza a listagem das medidas de controle de risco que deverão ser empregadas a fim de preservar a saúde e a integridade física dos trabalhadores.
O PPR deverá ser realizado imediatamente após a constatação da presença de riscos respiratórios no PPRA. O PPR é como o PPRA, porém, focado exclusivamente na proteção respiratória. Ou seja, as medidas preventivas contra o risco respiratório serão elaboradas através deste documento.
Tendo todas essas informações documentadas (deverão ficar guardadas na empresa), será possível escolher o filtro para respirador de acordo com as classificações que vimos acima. Então resumindo: primeiro você identifica os riscos, depois escolhe o modelo do EPI.
Neste aspecto, é muito importante seguir essa hierarquia, pois somente assim será possível promover a Segurança do Trabalho. A cada dia que passa ainda percebemos uma certa negligência, tanto por parte do empregador quanto do trabalhador quanto aos uso dos EPIs.
Por isso, caso você seja empregador, lembre-se que é importante fornecer treinamento e informação também, além do equipamento de proteção. E se você for trabalhador, lembre-se que é fundamental seguir cada uma das regras para o bom uso do EPI, senão, a eficiência também não será a mesma.
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