Com certeza, por conta da chegada do COVID-19, você ouviu bastante falar desses dois tipos de Respiradores: N95 x PFF2. Isso porque a própria OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda esse tipo de EPI para ser utilizado neste caso.
Mas será que existe diferença entre eles? Qual será o mais adequado? E mais: o que tem a ver estes dois modelos com as Máscaras de Tecido que utilizamos em nosso dia a dia?
Responder a estas perguntas é muito importante pois o trabalhador precisa sempre utilizar o EPI correto, ainda mais em época de pandemia. Por este motivo, no artigo de hoje iremos falar mais sobre os respiradores N95 e PFF2, além das suas principais características e muito mais.
Aproveite para compartilhar este conteúdo com seus colegas. Lembre-se que a informação é tão importante quanto a prevenção!
Vamos às diferenças: N95 x PFF2
O N95 equivale ao nosso PFF2 Sem Válvula. Aqueles respiradores que possuem a válvula lateral, a chamada válvula de exalação, acabam sendo menos filtrantes, já que este item diminui sua capacidade. A única função dela é de expelir o ar quente e úmido, tornando a utilização mais confortável.
Por este motivo, o Respirador equivalente ao N95 é única e somente o PFF2 sem válvula.
Cada um dos filtros – PFF1, PFF2 e PFF3 – oferece um tipo de proteção diferente. Veja como funciona essa diferença e como são classificados estes modelos:
PFF1 / P1: Poeiras e/ou Névoas (aerossóis mecanicamente gerados). Utilizar se a concentração for menos que 10 vezes o limite de tolerância. Eficiência mínima de 80% e penetração máxima de 20%.
Máscara PFF2 / P2: Protege contra Fumos (aerossóis termicamente gerados) e/ou de toxidez desconhecida. Você pode utilizar desde que a concentração não seja maior que 10 vezes o limite de tolerância. Eficiência mínima de 94% e penetração máxima de 6%.
PFF3 / P3: Particulados altamente tóxicos (LT < 0,05 mg/m³) e/ou de toxidez desconhecida. Se o ambiente estiver ate 10 vezes o limite de tolerância do contaminante. Eficiência mínima de 99,7% e penetração máxima de 0,03%.
Sendo assim, para que o respirador possa ser utilizado no combate ao coronavírus e ser equivalente ao N95, obrigatoriamente ele precisa ter eficiência de 95%. 94% não se equipara à proteção recomendada pelos órgãos de saúde.
Entenda melhor como funciona a válvula
Durante todo o processo de uso, principalmente da respiração, a válvula de segurança fica fechada, isso permite que o ar que está no externo atravesse o filtro, assim as partículas contaminantes não passam pelo EPI.
No momento que o usuário está respirando, a válvula permite a saída mais intensa do ar que nada mais é do que impulsionado para fora do corpo.
Desta forma, o ar quente e úmido exalado também passará pelo filtro, tornando-o mais confortável. Outro aspecto positivo é a redução da temperatura da região facial coberta pela máscara. Isso evita a sensação de “inchaço”, o que torna o uso um pouco mais confortável.
N95 x PFF2: quando NÃO são indicados?
De acordo com a Anvisa, as máscaras com válvulas não são indicadas para uso dentro de sala de procedimentos cirúrgicos, pois facilita muito a saída de ar do respirador, permitindo também a saída de gotículas de saliva. Que são expelidas facilmente ao falar e tossir.
A máscara com válvula também não é adequada para utilizar em ambientes hospitalares, pois facilmente você se coloca à disposição de vírus e bactérias. Já no ambiente fabril e industrial, ela é muito utilizada pois não apresenta tais problemas.
Com a chegada do COVID-19 muita coisa mudou na nossa rotina, e o uso obrigatório das máscaras de proteção se tornaram acessórios muito comuns no nosso dia a dia.
Os Respiradores e a chegada da Covid-19
A propagação de COVID-19 ocorre através da produção e liberação de partículas potencialmente infecciosas ao tossir, espirrar e falar. Recentemente, as discussões sobre equipamentos de proteção individual têm se tornado cada vez mais acaloradas.
Diante desse panorama, é importante conhecer os tipos de máscaras existentes e as diferenças entre elas, principalmente as respiradores PFF2 e N95. Como você já deve ter percebido, esses dois nomes têm sido muito falados ultimamente e por isso vamos comentar um pouco mais sobre elas.
Esses modelos são compostos por um tipo de polipropileno plástico que exibe uma estrutura escalonada (TNT) quando fundido.
A taxa de filtração mínima dessa forma é de 94% se for o PFF2 com válvula e 95% se for o PFF2 sem válvula. Portanto, o tratamento eletrostático é necessário para obter uma filtração adequada. Este tratamento atua como um ímã, atraindo e retendo partículas virais na camada de TNT.
Devido à pandemia, a escassez dessas respiradores tem levado à adoção de estratégias de uso racional, principalmente para pacientes com suspeita ou confirmação de infecção pelo novo coronavírus, e orientações aos profissionais de saúde que estejam envolvidos em procedimentos de risco aerossol.
Portanto, foram propostas regulamentações para o uso repetido, desde que sejam tomadas medidas obrigatórias para remover a máscara sem contaminação interna.
É necessário estar atento a possíveis danos que possam prejudicar sua eficiência. Quando houver poeira no rosto e falta de vedação, a máscara deve ser descartada imediatamente, por exemplo.
Ainda, recomenda-se o uso de protetor facial para aqueles profissionais da linha de frente. O estudo analisou o mecanismo de desinfecção dessas máscaras para tornar o uso repetido mais seguro.
Os resultados mostram que reagentes químicos (álcool, hipoclorito de sódio), vapor de água pressurizado (esterilização em autoclave) e exposição à luz solar reduzem o efeito de filtragem.
A PFF2 protege as vias aéreas contra:
- Fumos metálicos e práticos;
- Névoas e poeiras não oleosas, que não fazem a emissão de vapores ou gases;
- Fibras têxteis, sílicas e cimento;
- Minério de carvão, ferro, soda cáustica, sabão em pó e outros;
- Poeira de esmerilhamento, ácido sulfúrico, lixamento além da máscara é necessário o óculos de proteção.
Ressalta-se, também, que se destina a reduzir a exposição ocupacional a aerossóis contendo agentes biológicos potencialmente patogênicos.
Deve ser utilizado com conhecimento e aprovação nas áreas de saúde, segurança e medicina do trabalho e/ou sob responsabilidade da empresa.
Cuidado com as máscaras de proteção não profissionais
Atualmente, as máscaras de tecido têm sido amplamente utilizadas pelas pessoas para evitar a escassez de EPIs relacionados à pandemia, sendo este o melhor exemplo de equipamento não profissional.
Muitos especialistas afirmam que é impossível determinar se a instituição tem capacidade para filtrar o vírus, por isso, profissionais de saúde e outras pessoas que tenham contato direto com uma pessoa infectada não são recomendados o uso desse tipo de máscara.
Porém, para a população em geral, o item é considerado muito eficaz e pode evitar a contaminação pelo novo coronavírus. Recomenda-se que as pessoas utilizem o produto quando precisarem sair de casa para ir ao mercado ou a qualquer outro local indispensável.
Além disso, a distância social é indicada para prevenir a propagação de doenças.
Saiba mais sobre os Equipamentos de Proteção Respiratória
O equipamento de proteção respiratória é um EPI que cobre o nariz e a boca, vedando o rosto do usuário. O dispositivo deve possuir um filtro de alta eficiência que pode reduzir a exposição dos profissionais de saúde a contaminantes químicos ou biológicos.
Esses equipamentos também são chamados de respiradores e podem ser encontrados em diversos modelos, podendo ser descartáveis ou reutilizáveis
O respirador pode reter gotículas e evitar aerossóis contendo vírus, bactérias e fungos. A vida útil descartável é muito curta e é identificada pela sigla PFF, que é o elemento filtrante.
Por outro lado, os respiradores reutilizáveis têm baixos custos de manutenção e contêm filtros especiais que precisam ser substituídos regularmente.
Em ambiente hospitalar, o respirador utilizado pelos profissionais deve possuir filtro mínimo tipo PFF2 / P2 ou N95. No primeiro caso, a eficiência de filtração é de 94%, enquanto a eficiência de filtração mínima do respirador N95 é de 95%.
Porém, conforme mencionamos no início do texto, o PFF2 é o que temos equivalente ao N95 no Brasil e portanto, este deverá ser o modelo utilizado.
Respirador e máscara de proteção tem diferença?
Podemos dizer que a principal diferença entre máscaras de proteção e respiradores está relacionada às funções, instruções e operações de cada produto.
Máscaras de proteção não profissionais bloqueiam as partículas e apenas a população em geral pode usá-las como forma de se proteger da Covid-19. Além disso, podem prevenir a propagação da doença se o paciente for portador do vírus sem saber.
Já o respirador pode filtrar as partículas poluentes presentes no ar. Com esta definição em mente, os equipamentos N95, PFF2 e outros modelos com funções de filtragem são classificadas como “respiradores”, embora sejam geralmente chamadas de máscaras.
Portanto, são equipamentos de proteção individual essenciais que não só resistem ao novo coronavírus, mas também podem ser utilizados em todas as situações em que os trabalhadores sejam expostos a aerossóis, vapores ou gases nocivos à saúde.
Já as Máscaras de Proteção podemos elencar como aquelas de tecido que temos utilizado no nosso dia a dia, que não são consideradas EPI, mas são muito importantes para a população em geral.