Todos os equipamentos de uso individual para proteção no trabalho são essenciais para o trabalhador, mas muitas empresas não sabem como fazer o descarte de EPIs contaminados.
O descarte é indicado tanto para itens que foram utilizados pelos trabalhadores bem como para aqueles que não podem ser usados, devido a algum problema no equipamento.
Logo, se faz necessário conhecer os meios para que o descarte seja feito de maneira consciente e dentro da lei, já que é um item que foi usado por outras pessoas.
Semelhante a itens hospitalares, os EPIs não devem ser descartados com o lixo comum.
Vale destacar ainda que a empresa é obrigada a fornecer todos os equipamentos de EPIs para o trabalhador sem nenhum custo adicional.
Ao mesmo tempo, o trabalhador deve sempre fazer o uso dos equipamentos de proteção, exigidos pela empresa, e tirar quaisquer dúvidas que possam surgir durante a jornada.
Boa leitura!
5 passos para o descarte de EPIs contaminados
Antes de mais nada, tenha em mente que o uso de EPIs varia de acordo com a empresa e dos riscos existentes no local de trabalho e assim por diante.
Da mesma maneira, existem alguns itens de proteção que devem ser usados uma única vez, como o caso de máscaras descartáveis, e outros que podem ser utilizados durante algum período, como protetores auditivos.
Nesse último caso, o ato de guardar e conservar o item é de responsabilidade do trabalhador.
Algumas empresas oferecem mais de uma opção sem cobrar nada por isso, sempre de maneira regular.
Outras, podem cobrar algum valor para trabalhadores que estão constantemente perdendo seus equipamentos de proteção se comprovado o mau uso ou extravio.
Tenha cuidado!
1# Descarte de EPIs contaminados – Quando saber que é a hora
O primeiro passo dessa lista consiste em determinar quando um equipamento de proteção individual deve ser descartado.
Nesse caso, o principal cuidado se refere a validade do produto.
Assim, um EPI tem uma validade de compra, para itens que podem estragar quando ficam muito tempo guardados.
Por isso, as empresas precisam estar atentas na hora de entregar os itens de segurança e os EPIs.
A outra questão é a validade do EPI em relação ao uso.
Logo, sempre que o equipamento apresenta furos, danos, rachaduras ou rasgos ou quebra em alguma parte do item, o mesmo não deve ser mais utilizado.
Em termos simples, o EPI tem como regra principal proteger o trabalhador, logo, se ele não está mais cumprindo este papel em sua totalidade, não pode mais ser utilizado.
2# O descarte varia de acordo com a Classe a qual ele pertence
Outra questão que precisa ser pensada na hora de descartar um EPI se refere ao grau de perigo que ele pode significar para outras pessoas.
Por exemplo, em um hospital, é comum que todo o lixo seja considerado um risco, devido a presença de fluidos corporais que podem contaminar outras pessoas.
Dentro das empresas, isso também pode acontecer. Principalmente se existem agentes químicos ou biológicos ali.
Em geral, existem duas classes:
A primeira classe é para os EPI perigosos, que podem significar uma possível contaminação.
Nesse caso, o descarte acontece de maneira separada, em recipientes que indiquem esse possível risco.
A segunda classe é para os EPI que não são perigosos e podem ser descartados em lixo comum para esse tipo de material.
Logo, nunca deve ser colocado em lixo comum, como aquele que você joga um papel de bala.
Exemplo prático
Suponha que o EPI em questão seja uma luva.
Caso a luva seja aquelas de uso comum, como uma luva de segurança, o EPI é considerado não perigoso, de classe 2.
Porém, se for uma luva que o trabalhador utiliza para manusear qualquer tipo de produto químico, biológico ou radiativo, como veneno para plantações, o EPI é de classe 1, perigoso.
3# Locais de coleta
Chegando ao terceiro passo, todo trabalhador precisa conhecer quais são os locais de coleta para descarte de EPIs contaminados dentro da empresa, de acordo com a classe à qual pertence.
Vale destacar: todo EPI é contaminado, mas pode ser classificado como perigoso ou não.
Assim, é comum que trabalhadores que lidem com agentes químicos e outros, tenham um local de descarte próximo, para tirar tudo antes de ir para outro ambiente.
Logo, se tornar mais fácil para essas pessoas encontrar os postos de coleta.
Já os demais trabalhadores, podem acabar jogando o EPI em qualquer lixo, o que não é muito interessante.
Veja, além de poderem contaminar outros objetos próximos, ao utilizar o lixo comum, esse EPI pode passar anos na natureza sem se decompor, ser um risco para outras espécies, contaminar o solo de alguma maneira e assim por diante.
Ou seja, encontre o local de coleta mais próximo do seu ambiente de trabalho.
Todas as empresas são obrigadas a fornecer espaços para o descarte desses EPIs, então, é só procurar ou pedir para alguém onde fica a localização.
4# Parcerias com órgãos para o descarte de EPIs contaminados
Chegando ao quarto passo dessa lista, a empresa tem a responsabilidade e dever de procurar uma empresa ou órgão para fazer o descarte corretamente.
Principalmente para os EPIs de classe 1.
Como são itens que podem ter características inflamáveis, reatividade, toxicidade, corrosibilidade e outros, é necessário um processo especial de coleta.
Logo, não é indicado que nenhum trabalhador, salvo aqueles preparados para tal serviço, toquem naquele lixo.
Geralmente, as empresas optam por contratar outras empresas que façam a coleta periódica.
Assim, são fornecidos recipientes especiais onde os EPIs contaminados serão descartados e, de maneira regular, a empresa responsável pela coleta passa para fazer o recolhimento.
Por isso, é importante escolher empresas que sigam todos os cuidados em relação a coleta e descarte, auxiliando tanto a questão ambiental como a saúde de outras pessoas.
Até mesmo porque a empresa é obrigada a possui um tipo de certificado de destinação, comprovando que o descarte daqueles EPIs (ou produtos) foi feito corretamente e seguindo os protocolos ambientais.
5# O que fazer quando a empresa não possui um descarte correto
Por fim, é importante saber que assim como as empresas precisam oferecer o item de segurança, precisam oferecer meios para descarte.
Entretanto, é muito comum que o descarte daqueles de classe 2, considerados não perigosos, seja feito com o lixo comum.
Afinal, ele não representa um perigo, como uma luva contaminada com algum veneno.
Entretanto, essa ainda não seria a melhor opção.
Portanto, se a sua empresa não oferece um meio de descarte de EPIs contaminados, principalmente para os de classe 1, converse com a área responsável ou mesmo na administração.
Uma dica é informar aqueles que estão em uma hierarquia mais elevada sobre a possibilidade de lixos especiais para esses itens.
Além disso, converse com os seus companheiros de equipe, para saber como eles fazem e o que pensam a respeito do tema.
Logo, é possível montar uma equipe mais forte e levantar opções de resolução para a empresa, ao invés de esperar que outras pessoas (ou que as autoridades ambientais) o façam.
Se nada der certo e equipamentos contaminados graves continuarem a ser descartados no lixo comum, não hesite em denunciar.
Logo, você pode estar salvando a vida de milhares de outras pessoas e animais e assegurando a qualidade do meio ambiente.
EPIs contaminados devido a saúde do trabalhador
Ainda que seja pouco comum falar sobre o tema, a grande verdade é que existem muitos trabalhadores que podem ter alguma condição médica e não informam a empresa sobre isso.
O que é até natural, para evitar possíveis problemas ou mesmo que outras pessoas saibam.
Afinal, é uma questão pessoal.
Entretanto, quando essa questão de saúde pode interferir na vida de outras pessoas, é necessário tomar as devidas precauções.
Sabe-se que muitas doenças não representam um risco para aqueles que estão próximos pois o agente transmissor morre poucos segundos depois de estar em contato com o ambiente.
Exemplo disso é o HIV, que não pode ser transmitido através de um protetor de ouvido com secreção seca ou mesmo ao colocar uma luva de outra pessoa que foi jogada fora.
Por outro lado, existem outras doenças que resistem ao tempo e podem ser um problema, como a cólera, herpes, varicela, entre outros.
Justamente por isso, é essencial ter em mente que esse tipo de material não deve ser jogado com o lixo comum.
Sendo assim, mesmo que as outras pessoas não saibam, é interessante que você pense sobre isso e sobre o cuidado que deve ter com o descarte de todos os itens de proteção que utiliza, principalmente caso tenha alguma secreção ou sangue.
Como as empresas fazem esse descarte?
O descarte do material pode variar de acordo com o tipo de lixo, sendo que é avaliada sempre a melhor maneira de eliminação.
Daí a importância de a empresa contratar outra empresa que faça o descarte corretamente.
Em casos de itens que possam explodir por exemplo, algumas empresas de descarte possuem um ambiente controlado para gerar essa explosão, sem deixar que o material se disperse no ambiente.
Além disso, muitos materiais contaminados são queimados, sendo que a fumaça deve passar por um filtro, para não contaminar o ar.
Enfim, você ainda tem alguma dúvida ou gostaria de saber mais sobre o descarte de EPIs contaminados?
Comenta aqui embaixo para que nós possamos te ajudar nesse processo ou compartilhe a sua história com nossos leitores.
Grande abraço e até o próximo post!